Estudantes de jornalismo da UEPG deflagram greve por falta de professores
O segundo semestre teve início com um déficit de 30% na carga horária. Em nota, instituição rebate defasagem do departamento
Publicado: 28/09/2022, 18:54
O segundo semestre teve início com um déficit de 30% na carga horária. Em nota, instituição rebate defasagem do departamento
Estudantes do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) deflagraram greve estudantil, no final da manhã desta quarta-feira (28). A justificativa para que aconteça a paralisação é que o departamento do curso iniciou o segundo semestre letivo com um déficit de 30% na carga horária de ensino.
Em assembleia geral, na manhã desta quarta-feira, os acadêmicos do curso, diante da presença de professores e técnicos do departamento, deflagraram a greve estudantil. “O curso opera atualmente com 11 professores efetivos (10 dos quais com carga horária dividida entre a graduação e a pós-graduação) e três professores colaboradores em regime de 40 horas semanais. No mês de agosto foi divulgado o resultado de teste seletivo para docentes que envolveu cinco departamentos da instituição, entre eles o Departamento de Jornalismo, mas até o momento não há perspectiva de contratação”, diz trecho do comunicado publicado nas redes sociais.
“Deste total, 13 disciplinas encontram-se hoje sem professor, acarretando um prejuízo inestimável aos estudantes e ao planejamento das atividades do Curso de Jornalismo, sendo duas delas na quarta série, o que coloca em risco a conclusão da graduação em período regular”, complementa.
UEPG rebate defasagem no departamento
Em nota enviada ao Portal aRede, a Universidade Estadual de Ponta Grossa informou que "a chefia do departamento de jornalismo abdicou, em fevereiro de 2022, de realizar processo seletivo para professores, visto que havia 100% das vagas preenchidas". Leia a íntegra da nota:
A Universidade Estadual de Ponta Grossa informa que a chefia do departamento de jornalismo abdicou, em fevereiro de 2022, de realizar processo seletivo para professores, visto que havia 100% das vagas preenchidas.
Extemporaneamente, em abril, solicitou à Pró-Reitoria de Recursos Humanos a contratação de um professor colaborador. Devido ao ataque hacker no sistema do Tribunal de Contas do Estado, o teste pode ser realizado somente em 30 de julho. O professor aprovado não foi convocado devido às restrições da lei eleitoral, que impede contratação e nomeação de servidores, de 3 de julho até a diplomação dos eleitos.
Depois do início da vigência das restrições do período eleitoral, recentemente, em 15 e 26 de setembro, dois professores pediram desligamento do curso. Os professores foram liberados do cumprimento de aviso prévio pelo Departamento de Jornalismo, via processos SEI 22000060418-3 e 22000061557-6, mediante despachos assinados pela chefe do Dejor.
Em 26 de setembro, um terceiro docente teve seu pedido de afastamento para cursar pós-doutorado na Itália homologado. A solicitação foi aprovada por unanimidade pelos pares do departamento de jornalismo. O processo em que consta documentação e deliberação é o SEI 22000052265-9.
A reitoria trabalha para que a contratação excepcional possa ser autorizada antes de janeiro de 2023, data em que encerra o período eleitoral.
Mobilização na reitoria
O Centro Acadêmico João do Rio (Cajor), do curso de Jornalismo, realiza uma mobilização estudantil, na manhã desta quinta-feira (29), no bloco da Reitoria da UEPG, no Campus Uvaranas. O ato visa pressionar a reitoria para que medidas emergenciais sejam tomadas.