Indústria garante R$ 21 bi em investimentos nos Campos Gerais
Nos últimos anos, setor tem conquistado investimentos bilionários que ampliam o desenvolvimento da região
Publicado: 09/09/2022, 21:04
O setor industrial da região dos Campos Gerais tem recebido aportes pesados nos últimos anos. Com dois dos projetos de iniciativa privada mais grandiosos do Estado do Paraná - ‘Projeto Puma II’ e ‘Maltaria Campos Gerais’ -, a região garantiu investimentos que passam dos R$ 20 bilhões. Com isso, os Campos Gerais tem tido papel de destaque no desenvolvimento do Estado do Paraná.
Em Ortigueira, a Klabin, com o ‘Projeto Puma II’, pretende investir até R$ 12,9 bilhões na construção das duas máquinas de papel (MP27 e MP28) - a previsão de início das obras da segunda máquina é o 2º semestre de 2023. Com isso, o projeto se tornará o maior investimento privado da história do Paraná. Já em Ponta Grossa, em 2021 foi anunciada pela Prefeitura Municipal (PMPG) a criação da ‘Maltaria Campos Gerais’, um investimento que deve chegar a R$ 3,5 bilhões até 2032. O projeto prevê uma capacidade de produção de 240 mil toneladas de malte por ano, com um potencial de plantio de cevada, nos Campos Gerais, podendo atingir 100 mil hectares por ano.
No caso da ‘Maltaria Campos Gerais’, o projeto envolve seis cooperativas: Agrária Agroindustrial (Guarapuava), Bom Jesus (Lapa), Capal (Arapoti), Castrolanda (Castro), Coopagrícola (Ponta Grossa) e Frísia (Carambeí). A escolha do Município ponta-grossense, segundo o diretor-presidente da Agrária, Jorge Karl, se deu pela “questão logística”, já que a cidade “é privilegiada nesse quesito”, comento na época de anúncio do investimento.
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Outros investimentos
Somam-se a esses, em aportes anunciados, os investimentos na Heineken, iniciados em 2020 e concluídos no fim do ano passado, que passaram de R$ 1 bilhão; os R$ 600 milhões do Madero, na ampliação e construção de uma nova fábrica em Ponta Grossa; os R$ 460 milhões da queijaria da Unium (cooperativas do intercooperativismo); os R$ 395 milhões para a ampliação da DAF em Ponta Grossa; os R$ 375 milhões da ampliação da Ambev; os R$ 152 milhões da Tirol em Ipiranga; e os R$ 102 milhões da montadora Tatra, em Ponta Grossa.
Além desses, há outros investimentos confirmados por empresas de Ponta Grossa. A Makita anunciou, em 2020, aportes anuais de R$ 100 milhões durante o período de cinco anos, totalizando cerca de R$ 500 milhões; a Continental confirmou, há mais de um ano, um plano de expansão para o Município; a Agrocete iniciou, ano passado, um pacote de expansão de R$ 90 milhões até 2025; e projetos da Águia, Chesiquímica e a Brasonda.
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Por fim, outros investimentos foram confirmados em Carambeí e Ponta Grossa. Na primeira cidade, a Ambev garantiu R$ 870 milhões na construção da maior fábrica de vidros de segmentos do País. Já no segundo Município, a Mars Brasil anunciou mais R$ 200 milhões na nova fábrica, que produzirá alimentos para cães e gatos. Ainda há a possibilidade da Nissin, fabricante japonesa de alimentos, investir até R$ 1 bilhão em Ponta Grossa – a empresa já mostrou interesse na cidade.