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Lideranças de PG reagem à decisão do STF sobre piso da enfermagem

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu, no último domingo (4), a lei que criava o piso da enfermagem

Piso da enfermagem foi aprovado no último mês pelo Congresso Nacional e sancionado por Bolsonaro
Piso da enfermagem foi aprovado no último mês pelo Congresso Nacional e sancionado por Bolsonaro -

Marcus Benedetti

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Após decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a lei que cria o piso salarial da enfermagem, lideranças políticas de Ponta Grossa e região se manifestaram contrários à medida e demonstraram apoio à classe da enfermagem. A suspensão de Barroso aconteceu no último domingo (4). 

O piso seria pago pela primeira vez nesta segunda (5) e foi fixado em R$ 4.750, para os setores público e privado. O valor ainda serve de referência para o cálculo do mínimo salarial de técnicos de enfermagem (70%), auxiliares de enfermagem (50%) e parteiras (50%). Barroso é relator de uma ação apresentada pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos de Serviços (CNSaúde), que defende que o piso é insustentável.

Repercussão em PG

Em Ponta Grossa, o primeiro político a se manifestar sobre a suspensão da lei foi o deputado federal e candidato à reeleição, Aliel Machado (PV). Em publicação divulgada nas redes sociais no último domingo (4), o parlamentar criticou a decisão. 

“O lado mais fraco não pode pagar pelo desmando e descaso do financiamento da saúde em nosso país. Além de questionar no próprio STF para reverter essa decisão, precisamos votar no Congresso os projetos necessários para financiar o piso da enfermagem. Entendo a dificuldade dos hospitais, da filantropia e do próprio Estado, mas dinheiro existe, só falta vontade política”, disse Aliel. 

Outro deputado federal de Ponta Grossa, o parlamentar Sandro Alex (PSD) também saiu em defesa da classe e contra a decisão de Barroso. “Eles (enfermeiros) iriam receber os salários nesta semana. Tenho encontrado os profissionais ao longo dos últimos dias. Nós vamos continuar insistindo e vamos pressionar para conseguir a reversão dessa decisão”, declarou o deputado em postagem nas redes sociais nesta segunda (5). 

Os vereadores Dr. Erick (PSDB), Julio Kuller (MDB), Josi do Coletivo (Psol), o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SindServ-PG) e a candidata ao Senado, Aline Sleutjes (Pros), também se manifestaram contra a suspensão da lei. 

Conselho se posiciona

Os Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem (Cofen/Coren) emitiram nota, via redes sociais, discordando da decisão. De acordo com a publicação, “todos os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos (...), sendo considerado viável a aprovação do Piso Salarial e sua implementação no sistema de saúde público e privado”. Os conselhos ainda declararam que pretendem pressionar os ministros do STF para reverter a medida.

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