Ex-prefeito, Jocelito busca uma vaga na Câmara dos Deputados
O apresentador e ex-prefeito de Ponta Grossa, Jocelito Canto (PSDB), disputa uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Ao Grupo aRede, Jocelito revelou as motivações da candidatura e avaliou o atual cenário da campanha
Publicado: 31/08/2022, 20:24
Candidato a deputado federal, Jocelito Canto (PSDB) pretende levar a Brasília a experiência adquirida na Assembleia Legislativa do Paraná e na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa. O ex-prefeito foi o 14º convidado da série de entrevistas com os candidatos realizada pelo Grupo aRede (Jornal da Manhã e Portal aRede). Durante a entrevista, Jocelito relembrou as conquistas que trouxe para Ponta Grossa como deputado estadual e as ações realizadas enquanto prefeito da cidade no final dos anos 90.
Agora de volta ao PSDB, Jocelito promete, em caso de vitória, trabalhar em prol principalmente da saúde de Ponta Grossa. O comunicador ainda abordou a tentativa de impugnação da candidatura por parte de um concorrente. Confira mais detalhes da entrevista abaixo:
Quais são as motivações para concorrer como Deputado Federal nas eleições deste ano?
Jocelito Canto: Inicialmente, o motivo que me faz ser candidato é o momento que estamos vivendo. Vejo Ponta Grossa com muitas dificuldades, o povo está sofrendo muito, estão faltando recursos. Estou muito assustado com o que aconteceu na saúde e com o que está acontecendo. Eu já havia pendurado a chuteira, não queria ser candidato. Mas fui incentivado pelas minhas filhas, a Mabel e a Joce, resolvi aceitar esse desafio de voltar à vida pública e ser candidato a deputado federal. Até por essa mudança partidária de voltarmos ao PSDB, houve muita provocação do partido para que eu fosse candidato. Entendemos que o PSDB é o melhor caminho para conseguirmos alcançar o objetivo de vencer as eleições.
Em função de tudo que estou vendo, acho que é muito cedo para eu parar. E Brasília precisa de quadro novos, de renovação. Não só renovação de idade, mas de pessoas também. Quero ir para Brasília, se assim o povo entender, para trabalhar e fazer coisas importantes principalmente na área da saúde. Então, o que me faz ser candidato é o incentivo da minha filha e os pedidos da população. Eu fiquei 10 anos fora, então acho que está na hora de voltar.
Como o senhor avalia o cenário atual de disputa pela Câmara dos Deputados?
Jocelito Canto: Ponta Grossa no passado teve apenas um deputado, depois teve o segundo que é o Aliel e agora pode fazer o terceiro com tranquilidade porque todos estão em partidos diferentes e cada um tem o seu trabalho. O Aliel tem um trabalho forte, interessante, enfim. O Sandro Alex também tem um trabalho forte, utiliza bem a Secretaria que ele estava, ficou três anos lá. Ele só vai ter um pouco de dificuldade para explicar porque deixou de ser deputado e se vai voltar ao governo do Ratinho depois, mas isso é um problema dele. Mas penso que nós conseguiremos ‘fazer’ o terceiro deputado. Tenho procurado levar minha campanha para todas as cidades. Sou muito conhecido não só aqui, mas em todo o Paraná e vejo que temos uma grande possibilidade de ser esse terceiro deputado.
Até fico preocupado, porque não sei se o Sandro vai ficar em Brasília. Ele foi para lá, depois voltou e não ficou. Com isso, perde-se muita representatividade. Então, é importante me eleger porque eu vou estar lá. Vou trabalhar todos os dias como sempre fiz. Fui o deputado que nunca faltou a uma sessão. Consegui as obras mais importantes da história de Ponta Grossa, entre eles o Verbo Divino, que hoje tem quase dois mil alunos e o Hospital Regional que foi uma luta pessoal minha juntamente com outras pessoas. Então, trabalhador eu sou e as pessoas sabem disso.
Recentemente o senhor sofreu uma tentativa de impugnação da candidatura. Como essa ação está atualmente na questão judicial?
Jocelito Canto: É uma situação triste. A competição tem que ser no voto, acho isso importante. No tapetão é feio. Ficou muito feio para o Sandro Alex, ele não precisava ter feito isso. O Ministério Público não impugnou a minha candidatura. Na minha situação jurídica não há nada que impeça minha candidatura. Eles inventaram uma situação para tentar impedir. Estamos falando de uma condenação de mais de dez anos atrás em que fui condenado porque tinha um policial à disposição da Prefeitura, colocado pelo então presidente da Assembleia para ficar na Prefeitura e acompanhar o prefeito nos eventos. Aliás, eu nunca usei segurança na minha vida. Nem quando prefeito, nem quando deputado, graças a Deus nunca precisei.
Então, acho que lamentavelmente o Sandro viu que eu estou forte nas pesquisas e resolveu fazer ação. Às 23h41 do último dia. Ele foi lá e protocolou a ação dizendo que eu estava inelegível. Isso porque eu fui condenado por ter um policial à disposição. Depois disso, ele fez mais duas colocações em que ele afirma que eu estou inelegível, mas as duas ele já perdeu. A própria desembargadora já escreveu que o fato de eu ter tido policial à disposição não teve enriquecimento ilícito. Eu fui condenado a pagar uma multa e paguei para deixar tudo em ordem. Então, não causei nenhum prejuízo. Mas a impugnação vai ser julgada agora pelo TRE. Ele colocou em risco minha candidatura, mas o Ministério Público não viu nada de errado. Então, estou muito tranquilo, com a consciência de que já paguei tudo, cumpri os anos que tinha que cumprir, enfim. Achei um absurdo o que ele fez, porque ele tenta impedir que um parlamentar traga recursos para a cidade. Um deputado federal hoje tem direito a quase R$ 20 milhões por mês, são verbas impositivas que dá para trazer. Tem que disputar no voto, mas eu tenho muita confiança na justiça e sei que esse caso já está superado.
Como o senhor pretende ajudar Ponta Grossa como deputado em Brasília?
Jocelito Canto: Para quem não me conhece, sou um cara trabalhador. Levanto cedo e durmo tarde. Quando deputado estadual, fui o único deputado que não faltou a uma sessão. Mesmo não morando em Curitiba, eu ia e voltava todos os dias. Quero que os jovens saibam que sou um cara, acima de tudo, muito dedicado. Não tenho grupo político por trás de mim, não tenho interesses, sou um candidato oriundo do povo. Continuo morando no Rio Verde há mais de 30 anos, tenho orgulho de morar lá. Sou feliz com meus vizinhos, compro no comércio do bairro, então tenho origens simples e mantenho as minhas origens. Sou um cara desapegado, quem me conhece sabe disso. Quero ir para Brasília, porque neste momento de mudança, tudo começa com bons congressistas. Políticos que vão lá e defendam os interesses da população. Veja hoje a saúde de Ponta Grossa, por exemplo. O Pronto Socorro está fechado, enquanto isso tem pessoas no corredor da UPA Santana esperando um leito de UTI. Tem dez leitos parados no Hospital Municipal porque a Prefeita não quer gastar, porque dizem que não é responsabilidade dela. No fundo do Pronto Socorro, tem uma ala que a Justiça Federal deu dinheiro, onde tem 30 leitos parados. Doi no coração isso. Está tudo errado nessa questão da saúde. Então, a minha luta principal vai ser pela saúde. Não vou deixar de atender os outros interesses, mas quero principalmente trabalhar pela área da saúde, porque atualmente a saúde é o principal problema e será o meu foco.