PG pode não receber visita de presidenciáveis até as eleições
Coordenadores de campanha e aliados não confirmam a presença dos líderes de pesquisas para Presidência da República. Atualmente, Ponta Grossa tem 252 mil eleitores
Publicado: 30/08/2022, 21:39
A cidade de Ponta Grossa deve ficar sem a visita dos candidatos à Presidência da República até o dia 2 de outubro, data do 1º turno das eleições. De acordo com as coordenações de campanha dos presidenciáveis, nenhum candidato tem agenda marcada na cidade para os próximos 30 dias. Segundo o último levantamento do Tribunal Regional Eleitoral, o município de Ponta Grossa conta atualmente com 252 mil eleitores aptos a votar nas eleições deste ano.
O atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), não deve vir a Ponta Grossa pois a equipe dele tem priorizado outras regiões, onde o candidato ainda pode crescer. Bolsonaro esteve na cidade em 2018 e em 2021, mas um retorno só seria viável em um possível segundo turno, de acordo com Ricardo Zampieri, candidato a deputado estadual e aliado do presidente. “A visita não está prevista, porém a possibilidade não está descartada. É o Brasil inteiro pedindo uma agenda semelhante. O argumento que eles utilizam é que o Paraná já foi um dos estados mais agraciados com a visita do presidente em várias cidades, inclusive em Ponta Grossa”, explica o ex-vereador.
“A gente sabe que o Bolsonaro gosta muito daqui, principalmente por conta da primeira vez que ele veio. A gente deixou uma imagem muito boa para ele, tanto que depois ele veio novamente. Neste primeiro turno, acho difícil. Mas quem sabe num segundo turno. Continuaremos tentando”, disse.
O principal rival de Bolsonaro na disputa, o ex-presidente Lula, também não tem agenda marcada para Ponta Grossa. De acordo com o deputado estadual Arilson Chiorato (PT), o ex-presidente Lula tem uma visita agendada para Curitiba no dia 17 de setembro. Esta é a única presença confirmada pela equipe do petista no Paraná até o momento. Porém, segundo Chiorato, uma outra visita ao estado pode acontecer posteriormente.
O terceiro colocado nas pesquisas Ciro Gomes (PDT), também não planejou nenhuma visita ao município. Segundo a assessoria de Ricardo Gomyde, candidato do PDT ao governo do estado, o presidenciável tem uma agenda marcada para Londrina, no dia 9 de setembro. O ex-governador do Ceará também esteve em Curitiba na última semana. Agora, a campanha deve focar em outros estados e regiões.
As candidatas Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) também não confirmaram agenda de campanha em Ponta Grossa. De acordo com informações de aliados de Tebet, a presença da senadora é “muito difícil”, enquanto membros do União Brasil disseram não ter previsão de vinda de Thronicke ao Paraná.
Para o cientista político Afonso Verner, a ausência de presidenciáveis em Ponta Grossa faz parte de uma estratégia de campanha. “Neste momento, os candidatos(as) e suas campanhas estão preocupados em conquistar indecisos, especialmente nos grandes colégios eleitorais, como São Paulo e Minas Gerais. Além disso, a falta de um palanque nativo e forte para os dois principais presidenciáveis no Paraná também interfere na situação. O candidato Jair Bolsonaro não tem um palanque oficial forte no Estado, apenas uma boa relação com o governador Ratinho Junior. Já o ex-presidente Lula tem um palanque na campanha de Requião, mas esta ainda patina. É preciso pensar ainda que Ponta Grossa não é o maior colégio eleitoral do Estado, é apenas o quinto”, explica Verner.