Comércio de PG tem o 3º melhor desempenho do PR

Vendas no primeiro bimestre de 2022 se mantiveram acima da média do período pré-pandemia na cidade

As vendas do comércio ponta-grossense apresentaram crescimento no primeiro bimestre. Dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio, realizada mensalmente pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR), revelados recentemente, apontam que o faturamento do comércio varejista da cidade cresceu 0,74% entre janeiro e fevereiro deste ano, comparadas com o mesmo período em 2021. Dos 10 setores avaliados pela pesquisa no comércio local, seis apresentaram crescimento neste ano. 

Entre as seis regiões paranaenses onde há a pesquisa, Ponta Grossa se destacou na terceira posição, atrás apenas de Londrina e de Maringá, que cresceram na casa dos 4%. Ponta Grossa, dessa forma, ficou à frente de Curitiba e Região Metropolitana, que apresentou leve alta de 0,22%; e das regiões Oeste e Sudoeste, que apresentaram retração na comparação com 2021, de 3% e 7,01%, respectivamente. 

Cabe destacar que o crescimento de Ponta Grossa ocorreu frente a um primeiro bimestre de 2021 que já tinha apresentado crescimento na comparação com o primeiro bimestre de 2020. Entre janeiro e fevereiro de 2021, houve uma alta real de 1,24% sobre o primeiro bimestre de 2020, em um período que ainda não tinha sido impactado pela pandemia, que chegou na região em março. Isso significa que a atividade comercial de Ponta Grossa ficou, neste bimestre, 1,98% acima da média em relação ao período pré-pandemia. No Paraná, as vendas do primeiro bimestre de 2021 caíram 0,46% em relação a 2020. 

José Loureiro, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ponta Grossa e Região (Sindilojas PG), afirma que esse desempenho positivo da cidade é reflexo direto do momento de desenvolvimento pelo qual o município passa, com muitas obras, seja de infraestrutura, de prédios, residenciais, comércios e indústrias. Tudo isso, segundo ele, fomentou o mercado de trabalho local, criando muitas vagas de emprego, o que fez circular a renda, especialmente no comércio local. “Desde o ano passado, estamos com expansões de indústrias, que geraram muitos empregos diretos e indiretos, e isso ajuda muito com o movimento de vendas, porque impacta diretamente nas lojas. Mercados abriram no ano passado e neste ano, e há dois em construção, então tudo isso gera muitas vagas de emprego”, disse.

O presidente do sindicato também recordou as inúmeras contratações para a Maltaria Campos Gerais ainda em fevereiro e os ‘Feirões do Emprego’, que ofertaram cerca de 2 mil vagas de trabalho entre março e maio, fatores que devem impulsionar ainda mais as vendas no decorrer deste ano. “Nessa segunda-feira (30), a Agência do Trabalhador estava com 500 vagas abertas, sendo que para 200 não precisava experiência. Então vai ter mais gente trabalhando, e isso vai fazer o comércio vender mais, porque com mais gente trabalhando, a circulação de renda vai crescer na cidade”, concluiu José Loureiro.

Combustíveis e livrarias puxam alta

Entre os setores que mais cresceram no 1º bimestre em Ponta Grossa se destacam combustíveis (alta de 25,53%) e livrarias de papelarias (17,58%). No caso dos combustíveis, esse crescimento está relacionado à retomada econômica, com a alta na movimentação de cargas, além de crescimento de viagens, como acrescenta José Loureiro. O segundo está relacionado à volta às aulas, de modo presencial, em 2022. “A volta das aulas também acaba fazendo os carros circular, movimentando os postos de combustíveis”, completa. Também apresentaram crescimento vestuário e tecidos (12,48%), óticas/cine/foto/som (10,2%), autopeças (9,2%) e farmácias (9,11%). Por outro lado, tiveram queda supermercados (-0,61%), lojas de departamentos (-4,48%), materiais de construção (-12,69%) e concessionárias de veículos (-23,71%).

Paraná

No Paraná, a tendência foi parecida com Ponta Grossa. Com 0,83% positivos, a movimentação demostra a retomada das vendas a partir do retorno da circulação de pessoas, com os trabalhos presenciais e a volta às aulas. Os maiores crescimentos foram detectados nas áreas de calçados (30,10%); vestuário e tecidos (28,31%); óticas, cine-foto-som (21,33%); combustíveis (15,49%) e livrarias e papelarias (8,17%).