Corregedoria espera ano 'mais tranquilo’ na Câmara Municipal

Último ano foi marcado por situações envolvendo denúncias de vereadores; Balansin, presidente da Corregedoria, espera que respeito prevaleça

Em 2021, denúncias contra vereadores de Ponta Grossa movimentaram a Corregedoria da Casa de Leis. Foram situações de bate-boca no Plenário, denúncias por suposta violência doméstica e até mesmo possibilidade de ‘rachadinha’ e assédio sexual envolvendo parlamentar. Sobre todas essas situações, bem como expectativas para 2022, o presidente da Corregedoria da Câmara Municipal de Ponta Grossa (CMPG), vereador Paulo Balansin (PSD), espera que este ano seja “mais tranquilo” dentro do Poder Legislativo e que o “respeito” prevaleça na Casa de Leis.

Em entrevista recente para o Portal aRede, o parlamentar deu mais detalhes sobre a sua atuação em 2021. “Acho muito pesado você cassar um vereador por certas coisas. Então, a Corregedoria recebeu algumas denúncias que não precisavam. Fiz um trabalho tentando manter a Câmara intacta. Um exemplo é do Izaías Salustiano (PSB). Se a gente tivesse colocado para votação, ele seria cassado. Depois, a própria polícia e o Ministério Público do Estado do Paraná (MP/PR) mandaram arquivar”, explicou o vereador ponta-grossense.

Outra situação foi do parlamentar Geraldo Stocco Filho (PSB), quando as três denúncias contra ele foram arquivadas pela Corregedoria. “Eram situações particularmente entre vereadores. Não se combinavam em suas ideias, então, levaram para outro lado”, falou sobre a motivação para arquivar as solicitações. Em razão disso, Paulo espera “que os vereadores de primeiro mandato, têm algumas coisas que precisam se conter. Acho que tem que ter o respeito com o próximo. Se tiver que discutir uma coisa entre eles, chama no gabinete. Fica tão ruim o bate-boca na Câmara”, completou.

Executivo e Legislativo

Durante a conversa, Paulo, que apresentou/participou de 16 projetos em 2021, além de ter apresentado 67 indicações, 17 requerimentos e 18 moções, destacou como foram os trabalhos, de uma maneira geral, no último ano. “Foi de muita produtividade. A gente teve problemas, projetos difíceis de serem votados, mas eu acho que a Câmara vem fazendo aquilo que é o seu dever. Tenho plena certeza que os 19 vereadores que estão lá, têm a vontade de fazer aquilo que é sempre o melhor para a cidade”, ressaltou o parlamentar.

Já sobre os trabalhos da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), Paulo lembra que “foi um momento difícil que ela (Elizabeth Silveira Schmidt – PSD) assumiu. Praticamente todos os recursos foram colocados na área da Saúde. Acho que ela fez o melhor. Tudo tem limite, principalmente no funcionamento da máquina pública. Dentro das condições que ela tinha, a prefeita foi muito bem”, elogiou o vereador da situação.

Contas e CPI

Por fim, o parlamentar, que cumpre seu 2º mandato no Poder Legislativo, falou que a votação das contas dos ex-prefeitos Marcelo Rangel e Jocelito Canto foram “muito desgastantes”. Paulo também foi presidente da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização (CFOF) da Casa de Leis e conduziu ambos os procedimentos. “Duas contas votadas no mesmo dia. A gente, com os funcionários da Casa, todo mundo trabalhou muito. Não achamos nada que os ex-prefeitos fossem culpados”, lembrou o vereador.

Além disso, Paulo iniciou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Cidatec. No meio das atividades, ele acabou saindo do ‘grupo’.  Sobre isso, ele lembrou que “estava com muito trabalho (por conta da Corregedoria e da CFOF). Então, quando eu entro (na CPI), tenho que fazer o melhor, e não estava conseguindo ter tempo para fazer essa terceira parte. Achei melhor indicar outra pessoa”, esclareceu o parlamentar.

A entrevista na íntegra está disponível clicando no vídeo abaixo: