Humai cria projeto para crianças e jovens com deficiência
‘HU mais inclusivo’ estabelece práticas de atendimento prioritário a crianças e adolescentes com deficiência.
Publicado: 06/12/2021, 10:35
‘HU mais inclusivo’ estabelece práticas de atendimento prioritário a crianças e adolescentes com deficiência
Nesta sexta-feira (03), o Hospital Materno-Infantil da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Humai-UEPG) lançou o projeto ‘HU mais inclusivo’, que estabelece práticas de atendimento prioritário a crianças e adolescentes com deficiência. Durante a solenidade, crianças receberam carteirinhas de atendimento prioritário. O encontro também marcou a entrega do projeto do ambulatório de atendimento especializado, que busca transformar o Humai um hospital referenciado ano atendimento de crianças com deficiência. O lançamento acontece no Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, que busca promover dignidade, direitos e bem-estar de pessoas com deficiência.
O projeto ocorre em parceria com a Associação dos Amigos do Hospital da Criança e Observatório da Inclusão. “Nós estamos lançando hoje, em uma data tão especial, uma fase importante e concreta de ações de inclusão”, ressalta o diretor-geral do Hospital Universitário, Sinvaldo Baglie, sobre o lançamento do projeto. Segundo ele, as ações que acontecem a partir de agora deflagram atividades imediatas de identificação dos espaços e pessoas, além da capacitação das equipes. A médio prazo, o planejamento é a entrega do projeto de atendimentos ambulatoriais, que será apresentado ao Estado. “Este é só o início de um projeto que trará mais inclusão e humanização nos nossos atendimentos. O HU Mais Inclusivo segue as políticas da nossa instituição em oferecer mais atendimentos e atendimentos humanizados e inclusivos a todos que necessitam”.
Quando o Ministério da Saúde, há 20 anos, iniciou os processos de humanização no atendimento do SUS, o Hospital já estava trabalhando com a ideia de atendimento humanizado, segundo Maria Cristina Roque Ferreira, diretora do Humai. “Muito nos orgulha o fato que naquela época o Hospital venceu o projeto nacional de humanização do SUS e tornou-se exemplo”. A diretora celebra a parceria com a Associação na nova fase do Hospital. “Com certeza vamos atingir o objetivo de nos tornamos, também, uma referência no atendimento humanizado a pessoas com deficiência. É um exemplo de sensibilização às demais instituições, para que possam abraçar essa ideia”.
Nelson Canabarro, presidente da Associação, ressalta a importância do projeto. “Hoje nós estamos lançando a pedra angular do que vai ser a criação da cultura da inclusão em Ponta Grossa, que dará prioridade a quem tem o direito, cumprindo a lei e criando estruturas para que toda pessoa com deficiência tenha condições de criar uma vida autônoma, autossuficiente e com possibilidades”, comemora. A iniciativa do projeto se deu por demandas internas e externas da instituição. “Conversando com o professor Miguel [reitor da UEPG], decidimos trabalhar para fazer do Humai uma instituição de referência ano atendimento da criança com deficiência e essa pode vir a ser a vocação do Hospital”, enfatiza.
O Humai também ganhou placas de identificação, que explicam sobre o atendimento prioritário, ancorado pelas Leis nº 10.048/00 (sobre prioridade no atendimento); nº 10.741/03 (Lei Brasileira do Idoso); nº 13.146/15 (Lei Brasileira da Inclusão); nº 13.466/17 (sobre prioridade especial para pessoas com 80 anos ou mais). “Este lançamento demonstra que estamos tornando a nossa cidade mais inclusiva, garantindo com que as pessoas com deficiência estejam ocupando seus espaços”, destaca Celia Regina Carreira, presidente do Observatório da Inclusão, entidade que dá apoio a familiares de crianças com deficiência na região. “As pessoas com deficiência precisam ser tratadas e olhadas como pessoas e não definidas pela sua deficiência”, esclarece Celia. Como presidente do Observatório e mãe de uma criança com Síndrome de Down, Celia afirma que o lançamento foi um marco importante para a região. “Este é um projeto pioneiro, que a gente possa despertar essa inciativa nas outras instituições, para fazer com que pessoas com deficiência ocupem seus espaços na sociedade”.
Próximos passos
O próximo passo, agora, é planejar o Ambulatório de Atendimento à Pessoa com Deficiência. O projeto, de autoria da Associação e do Observatório, propõe implementar no Humai o atendimento referenciado a crianças e adolescentes até 17 anos, com diagnóstico de deficiência, bem como seus familiares ou responsáveis.
Juntamente com a equipe e direção do Hospital, o grupo se reunirá nesta segunda-feira (06), com a 3ª Regional da Saúde, para tratar sobre o Ambulatório. Em conjunto, o projeto fará o cadastramento de crianças e adolescentes com deficiência para confecção das carteirinhas que identificam o atendimento prioritário. O cadastramento estará disponível a partir de 15 de dezembro. As equipes também terão treinamento e adequação de fluxos de atendimento.
UEPG mais inclusiva
“Estamos trabalhando para sermos cada vez mais uma Universidade plural, em que todos tenham espaço. Parabenizo a direção do Hospital, Nelson Canabarro e todos os envolvidos no projeto”, ressalta o professor Miguel Sanches Neto, reitor da UEPG. Segundo ele, a Universidade Estadual de Ponta Grossa trabalha para ser inclusiva em todas as suas instâncias. “É com este espírito de inclusão que a UEPG está, neste Vestibular, destinando 5% das suas vagas para pessoas com deficiência. Não é apenas o HU mais inclusivo, mas é a UEPG mais inclusiva”.
Com informações: Assessoria de Imprensa.