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Crise se agrava e transporte público de PG pode parar

Com os salários dos trabalhadores parcelados, serviço público da cidade pode apresentar novos problemas em breve.

Transporte público de Ponta Grossa teve, em 7 de outubro, uma paralisação.
Transporte público de Ponta Grossa teve, em 7 de outubro, uma paralisação. -

Rodolpho Bowens

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Com os salários dos trabalhadores parcelados, serviço público da cidade pode apresentar novos problemas em breve

O transporte público coletivo de Ponta Grossa, de responsabilidade da Viação Campos Gerais (VCG) até 2023, corre o risco de ter novas paralisações e/ou greve nos próximos dias. O motivo se deve por conta do novo parcelamento dos salários dos funcionários da concessionária, além do não acordo entre a empresa e o Sintropas, sindicato que defende os direitos dos trabalhadores do serviço público. Ambos participaram de uma audiência de conciliação do Tribunal Regional de Trabalho (TRT) da 9ª região, na última quarta-feira (13), mas não houve nenhum consenso entre as partes envolvidas.

Essa audiência (pode ser assistida na íntegra clicando aqui) foi solicitada pelo Sintropas e também teve a presença de representantes da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG). Com uma duração de aproximadamente 30 minutos, os envolvidos expuseram a sua opinião sobre o novo parcelamento dos salários – o restante deve ser acertado até 25 de outubro. Mesmo diante da conversa, nenhum acordo aconteceu entre as partes.

Sobre o resultado da audiência que foi mediada pelo desembargador Célio Horst Waldraff, o Sintropas preferiu não se posicionar aos questionamentos do Grupo aRede: Por outro lado, o que liga o alerta de uma possível nova paralisação e/ou greve no transporte é o retorno que a VCG deu ao jornal. Segundo a empresa, os salários deverão continuar sendo parcelados pelos próximos meses, por conta da situação financeira da concessionária, caso não se encontre uma solução para o problema.

Dessa forma, existe a possibilidade de a qualquer momento o Sintropas anunciar uma nova paralisação – a última aconteceu em 7 de outubro e ocorreu pelo período da manhã, com uma duração de aproximadamente 1 hora. Durante a audiência de conciliação, o presidente do sindicato, Luiz Carlos de Oliveira, afirmou que “os trabalhadores estão em uma situação horrível. É uma afronta. Não é eles que têm que pagar essa conta”, avaliou. Quem o acompanhou no bate-papo foi o advogado Frederico Silva Hoffmann.

VCG afirma estar “pagando conta” de crise

Durante a audiência, o advogado que representa a concessionária, Diego Felipe Munhoz Donoso, afirmou que a empresa está no limite e relatou que a VCG não pode abandonar o serviço. “Este mês não houve condição. Estamos tentando levar no limite possível. Diferente de outros setores como restaurantes, ou que podem fechar a porta e ir embora, a empresa de transporte não pode simplesmente largar o contrato e deixar de prestar o serviço. É por isso que nós estamos pagando a conta e não os trabalhadores”, explicou.

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