Deputada questiona demora de atendimentos às crianças de PG
Segundo a parlamentar, considerando a média mensal de atendimentos ofertados, de apenas quatro consultas com neuropediátrico, demoraria 21 anos para atender todas as crianças.
Publicado: 22/09/2021, 17:21
Segundo a parlamentar, considerando a média mensal de atendimentos ofertados, de apenas quatro consultas com neuropediátrico, demoraria 21 anos para atender todas as crianças
A deputada estadual Mabel Corá Canto (PSC) protocolou, nesta quarta-feira (22), pedido de informações ao Secretário do Estado da Saúde do Paraná (Sesa), Beto Preto, sobre a demora no atendimento das 1.068 crianças que aguardam na lista de espera para realização de consulta com médico especialista em neuropediatria em Ponta Grossa. A listagem é publicada no site da Prefeitura Municipal (PMPG) e sua última atualização é de 17/09/2021, tendo crianças, ainda não atendidas, desde agosto de 2018.
Em seu questionamento, a parlamentar ponta-grossense questiona se a responsabilidade pelos atendimentos é da Sesa ou da Prefeitura, uma vez que a prestação de serviços de saúde materno-infantil, em Ponta Grossa, foi cedida ao Estado do Paraná, por meio da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a qual assumiu o controle do Hospital Municipal da Criança Prefeito João Vargas de Oliveira em meados de 2020.
Ocorre que a parlamentar teve acesso a um pedido de informações oficial encaminhado pela vereadora Joceméuri Corá Canto (PSC) ao Município de Ponta Grossa, em que a Fundação Municipal de Saúde (FMS), em sua resposta, justifica a enorme fila de espera na pouca quantidade de consultas ofertadas pelo Estado do Paraná, cuja média mensal é de apenas quatro atendimentos, a contar de janeiro de 2021. Ou seja, considerando a média mensal, de tão somente quatro atendimentos, a estimativa para atendimento de todas as crianças é de 252 meses, ou seja, 21 anos. Em sua fala na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) durante a sessão desta quarta-feira, Mabel Canto relatou que em outubro, novembro e dezembro de 2019, foram atendidas apenas 24 crianças. Em 2020, 109 e em 2021, até agora, tão somente 71 crianças foram atendidas.
“Nós sabemos que uma consulta particular com médico neuropediatra custa em média R$ 350 à R$ 400. Muitas mães não têm condições de arcar com esses custos e precisam das consultas, principalmente agora que voltamos às aulas, porque muitas crianças precisam do laudo para terem professor especial ou tutor em sala de aula. E aí, é uma dificuldade enorme para as mães e para os pais do nosso município. A demora na fila do atendimento é tão grande, que quando chegar a consulta, a criança já será adulta”, disse a deputada.
Com informações: Assessoria de Imprensa.