Câmara aprova fábrica de queijo de R$ 379 mi em PG
Unidade receberá um investimento de mais de R$ 379 milhões; além disso, serão movimentadas cerca de 1,6 mil vagas de emprego diretas e indiretas.
Publicado: 01/09/2021, 16:42
Unidade receberá um investimento de mais de R$ 379 milhões; além disso, serão movimentadas cerca de 1,6 mil vagas de emprego diretas e indiretas
A cidade de Ponta Grossa terá uma nova fábrica de produção de queijos, com investimento de R$ 379.722.461,00. O Projeto de Lei (PL) 178/2021, de autoria da Prefeitura Municipal de Ponta Grossa (PMPG), que firma o protocolo de intenções para a formação do Projeto de Intercooperação Unium (Capal, Castrolanda e Frísia), foi aprovado pelo Poder Legislativo na tarde desta quarta-feira (1º). A proposta foi aprovada em primeira discussão, e se novamente for aceita pelos vereadores, vai para a sanção ou veto da prefeita Elizabeth Silveira Schmidt (PSD).
Com a construção da unidade, a expectativa é que sejam movimentadas cerca de 1,6 mil vagas de emprego diretas e indiretas. A ‘queijaria’ do grupo será construída exatamente ao lado do terreno onde já está instalada a Unidade de Beneficiamento de Leite, localizada às margens da PR-151, nas proximidades da divisa com o município de Carambeí. O investimento vai ser desenvolvido em paralelo com a ‘Maltaria Campos Gerais’, também projeto da intercooperação, que receberá um aporte inicial de R$ 1,5 bilhão, até porque as obras são vizinhas, próximas uma da outra.
O projeto da construção de uma fábrica de queijos em Ponta Grossa, por parte das cooperativas, é antigo, planejado há anos. E foi justamente a negociação para a instalação da maltaria que contribuiu para que a unidade de queijos saísse do papel e pudesse se concretizar. “Quando nos reunimos para falar do projeto da maltaria, na época eles comentaram da fábrica de queijos. Foi tanta negociação que a queijaria entrou junto com o projeto da fábrica de malte e ajudou a fechar o pacote de investimentos em Ponta Grossa”, explica José Loureiro Neto, secretário municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional.
O novo aporte irá gerar benefícios ao município, explica o secretário, especialmente na geração das 66 vagas de emprego diretas e mais de 1.570 indiretas. “Um investimento desse porte movimenta muitas vagas no agronegócio. E mais pessoas empregadas significa mais imposto entrando na Prefeitura, além de reduzir o desemprego e circular a renda, que faz o comércio faturar mais e estimular o setor de serviços”, ressaltou Loureiro, destacando que é mais um investimento que irá desenvolver o Distrito Industrial Norte, que além da DAF e da UBL, ainda terá a maltaria.
Agora, explica Loureiro, assim como acontece com a maltaria, as cooperativas correm com a documentação, para que tudo seja aprovado o mais breve possível e as obras possam começar ainda neste ano. A meta, informa o secretário, é que a unidade seja inaugurada em 2023.
Detalhamento
O projeto será construído em um terreno de 40 mil metros quadrados, e uma área edificada de 14 mil metros quadrados, com três pisos. O valor, apenas na construção civil, será de R$ 62,6 milhões, e mais R$ 19,5 milhões em instalações elétricas gerais. O maior aporte será no maquinário e equipamentos, que demandarão de um investimento de R$ 241,1 milhões, além de outros R$ 41,5 milhões em instalações, equipamentos e máquinas para utilidades. Os custos de mão de obra estão estimados em R$ 15 milhões.
Cooperativas receberão isenções
Para tornar viável o investimento em Ponta Grossa, o município se comprometeu a ceder três benefícios às cooperativas para a consolidação do investimento. Entre eles estão a isenção do recolhimento do IPTU pelo prazo de 25 anos, ou seja, de 1º de janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2048; isenção do recolhimento do ISS incidente sobre os serviços e obras da construção da nova unidade, e isenção de taxas administrativas incidentes durante o processo de instalação da planta fabril.
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