Crônica dos Campos Gerais: Tempos Mágicos
Texto de autoria de Isabel Regina Nascimento, escritora, Policial Civil aposentada, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais
Publicado: 20/12/2023, 09:00
Nos dias em que a juventude pulsava com energia incontrolável, Ponta Grossa transformava-se em um turbilhão de emoções durante a tradicional feira agropecuária que acontecia no antigo colégio agrícola. Era um evento que despertava saudades mesmo antes de terminar, pois era encontro de gerações marcado por shows inesquecíveis, risos compartilhados e corações apaixonados.
Os shows eram o ponto alto da festa. Artistas famosos da época subiam ao palco, transformando o ambiente em um mar de euforia e música, a multidão vibrava em uníssono, perdendo-se nas melodias que ecoavam pelo ar, a juventude dançava e cantava celebrando a vida, e as lembranças desses momentos especiais ficaram gravadas na memória para sempre.
Entre amigos, as paqueras eram como borboletas flutuando no ar. Olhares furtivos e sorrisos tímidos abriam portas para histórias de amor e amizade. O parque de diversão ganhava um brilho a mais quando os grupos se aventuravam nos brinquedos, como chapéu mexicano, chicote e roda-gigante compartilhando risos nervosos e emoções à flor da pele. A cada volta e reviravolta, as amizades se fortaleciam e os laços se aprofundavam.
As rainhas da festa, elegantemente vestidas e com coroas reluzentes, eram o centro das atenções e admiradas por todos, elas representavam a beleza e a graça da cidade, personificando o orgulho ponta-grossense. A cada aceno pareciam espalhar um pouco de magia entre a multidão.
Quando as luzes da feira finalmente se apagavam, a saudade já se fazia presente. Os momentos vividos ali se transformavam em preciosas lembranças, como estrelas em céu noturno, iluminando os dias cinzentos. E, mesmo à distância, no tempo e no espaço, o espírito daqueles tempos mágicos continua nos corações, que relembram a juventude que sempre brilha no horizonte da memória.
Texto de autoria de Isabel Regina Nascimento, escritora, Policial Civil aposentada, residente em Ponta Grossa, escrito no âmbito do projeto Crônicas dos Campos Gerais da Academia de Letras dos Campos Gerais.