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Jornalista de PG lança livro gratuito sobre a Guerra do Paraguai

A obra faz referência às 16 décadas de início do conflito. Helton é de Dourados/MS, mas mora no Paraná há mais de 10 anos, residindo atualmente em Ponta Grossa

Helton Costa, autor do livro
Helton Costa, autor do livro -

Da Redação

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O jornalista Helton Costa lançou nesta quinta-feira (30), o livro “Estrada para Assunção: imagens e memórias da Guerra do Paraguai/Tríplice Aliança, 160 anos depois” (Editora Matilda). A obra faz referência às 16 décadas de início do conflito (1864-1870). Helton é de Dourados/MS, mas mora no Paraná há mais de 10 anos, residindo atualmente em Ponta Grossa.

A publicação está dividida em quatro partes: na primeira, há um resumo histórico da Guerra, com os depoimentos deixados por quem esteve nos combates; uma segunda parte traz as percepções do autor; a terceira são as respostas aos questionamentos feitos às autoridades brasileiras e paraguaias a respeito da memória militar; por último, há entrevistas com especialistas que aceitaram o desafio de compartilhar, de forma sucinta, seus conhecimentos sobre a temática. O livro conta também com 42 páginas de fotografias de antes e depois nos antigos campos de batalha.

O download na versão digital é gratuito - clique aqui. Para quem preferir a versão impressa, a preço de custo, o link é aqui.

O objetivo, segundo o autor, é popularizar a leitura e rememorar um momento tão importante para a história tanto do Brasil, quanto do Paraguai, da Argentina e do Uruguai.

Além de pesquisa bibliográfica, Helton conheceu as localidades paraguaias in loco e também questionou entidades dos países envolvidos para que comentassem sobre questões ainda pendentes daquela guerra, como por exemplo, os reiterados apelos paraguaios para a devolução de troféus de guerra e pedidos de desculpas. Já as autoridades brasileiras foram instigadas a se posicionarem sobre os pedidos paraguaios e também sobre o que o conflito representou para cada um dos países.

GALERIA DE FOTOS

  •  A capa do livro, com um mapa de campanha até Assunção
    A capa do livro, com um mapa de campanha até Assunção
  • Monumento que marca o local da batalha de Estero Bellaco (1866)
    Monumento que marca o local da batalha de Estero Bellaco (1866)
  •  Cemitério/cova coletiva que guarda os restos mortais dos milhares de soldados paraguaios que perderam a vida em combate
    Cemitério/cova coletiva que guarda os restos mortais dos milhares de soldados paraguaios que perderam a vida em combate
  • O Panteón de los Heróes, que guarda os restos mortais de líderes paraguaios importantes naquela guerra. Um deles seria o próprio Solano López. Imagem de 1870 e recente
    O Panteón de los Heróes, que guarda os restos mortais de líderes paraguaios importantes naquela guerra. Um deles seria o próprio Solano López. Imagem de 1870 e recente
  • Quartel general de Solano López em Paso de Patria, hoje convertido em um museu municipal
    Quartel general de Solano López em Paso de Patria, hoje convertido em um museu municipal
  • Boqueirão, onde paraguaios e brasileiros duelaram em 1866, com milhares de baixas para os dois lados. Imagem da época e atual
    Boqueirão, onde paraguaios e brasileiros duelaram em 1866, com milhares de baixas para os dois lados. Imagem da época e atual
  

História de família - Helton teve parentes que lutaram no Paraguai, sendo dois trisavôs brasileiros e um paraguaio, além de uma trisavó argentina e duas paraguaias. “Passadas 16 décadas, ainda é bastante perceptível, do lado paraguaio da fronteira, que a cicatrizes permanecem abertas, ainda sangram e que boa parte dos cidadãos ainda culpam a derrota na guerra, pela condição do país, que tem um dos menores índices de desenvolvimento humano da América do Sul. É como se houvesse um sentimento contínuo de injustiça que eles não atribuem, por exemplo, também aos seus líderes daquele tempo e às crises internas posteriores”, explica Helton, que também é historiador por formação.

Como se fosse ontem - Helton também percebeu ao visitar as localidades, boa parte delas fazendas particulares, que em alguns pontos “parece que a guerra foi ontem”. “Há partes que ainda guardam semelhanças com as imagens daquele período, porém, a maioria encontra-se degradada pela ação humana, com bois, plantações e condomínios sendo construídos em espaços nos quais temos ciência em que ainda estão covas coletivas de milhares de brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios sacrificados naquele confronto entre nações”, argumenta.

Guerra sem fim - O autor teve uma vivência a mais ao trilhar os antigos espaços de luta. “Percorrer os caminhos dos meus antepassados, me fez refletir bastante sobre o meu papel na sociedade e de como as guerras transformam as pessoas. Eu quis mostrar que um enfretamento bélico não termina na derrota de um dos lados oponentes, que às vezes os descendentes dos envolvidos levam décadas tentando superar o insucesso, e que suas consequências econômicas, sociais e políticas podem durar gerações. É um escrito que fala da guerra para mostrar como ela pode ser cruel e desumana, como de fato o é”, comentou Helton.

Sobre o autor - Helton é Doutor em Comunicação e Linguagens, mestre em Comunicação, especialista em Estudos da Linguagem e em Arqueologia e Patrimônio; bacharel em Jornalismo e licenciado em História. Pós-doutor em História pela Universidade Federal do Paraná. Autor de “Confissões do Front: soldados do Mato Grosso do Sul na II Guerra Mundial”, de “Crônicas de sangue: jornalistas brasileiros na II Guerra Mundial”, de “Dias de Quartel e guerra: diário do Pracinha Mário Novelli”, de “Camarada pracinha, amigo partigiani: anotações brasileiras sobre a resistência italiana na II Guerra Mundial”, de “Ao alcance da morte: ensaio sobre o estado psicológico dos soldados da FEB na Segunda Guerra Mundial”, de “Soldado 4.600: vida e luta do pracinha Manoel Castro Siqueira” e de “Soldado Justino: um sobrevivente da FEB”.

Das assessorias

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