Artista formado pela UEPG assina ilustração do 35º FUC | aRede
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Artista formado pela UEPG assina ilustração do 35º FUC

No próximo sábado (17), o evento acontece com uma obra assinada pelo egresso da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Fernando Bertani

A nova ilustração do FUC é feita em xilogravura, técnica em que o artesão grava na madeira a imagem que pretende reproduzir
A nova ilustração do FUC é feita em xilogravura, técnica em que o artesão grava na madeira a imagem que pretende reproduzir -

Da Redação

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De lasca em lasca tirada da madeira, nasce a arte: uma mulher que segura o microfone enquanto é envolvida pela música. Assim surge a ilustração que representa o 35º Festival Universitário da Canção (FUC). No próximo sábado (17), o evento acontece com uma obra assinada pelo egresso da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Fernando Bertani. Serão 12 músicas concorrentes, que se apresentarão no Cine-Teatro Ópera sob uma arte que, junto com a playlist, tem o toque original da UEPG.

A nova ilustração do FUC é feita em xilogravura, técnica em que o artesão grava na madeira a imagem que pretende reproduzir, como uma matriz, e depois reproduz as imagens em papel. Foi com esta arte que as mãos ágeis e os olhos atentos de Fernando desenharam o movimento da música na obra. A concepção veio para reproduzir o movimento e a vibração sentidos pelo artista enquanto está no palco.  “Às vezes, o músico sente um olhar um pouco mais duro que vem de fora do palco, então resolvi trazer o movimento que vem enquanto se está apresentando”, explica. Assim surgiu a figura feminina na ilustração, desde os primeiros esboços da obra. “Por experiências próprias e assistindo canções que mais me marcaram, eu lembro muito de intérpretes mulheres, trazendo muita força na interpretação e na letra”, conta.

As linhas elevam o rosto da personagem para cima e envolvem todo o seu corpo. “Essas linhas trazem o movimento e podem representar a música, a vibração e o próprio meio em que a gente vive, porque a música é assim, ela está produzindo essas vibrações, essas frequências sonoras, estamos sendo envolvidas por elas”, descreve. Na hora de criar e fazer arte, nomenclaturas não são tão importantes. “A música também gera na imaginação elementos visuais, plásticos e materiais, desde um show ao vivo, com luzes e pessoas, por exemplo. Ali a gente vira um território acontecendo a partir de uma frequência sonora que vai vibrar”.

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Artista em sua totalidade

Fernando tem uma longa história com a UEPG: fez graduação (2010), mestrado (2013) e doutorado (2018) em Geografia e foi professor colaborador por dois anos. No FUC, além de espectador, viveu o Festival no palco como músico em 2013, quando recebeu o segundo lugar na categoria regional e o prêmio de júri popular pela música “Se Vai Idade“. Para Fernando, entrar na área de artes visuais foi um processo natural, sem necessidade de definições. “Para gente que é artista, fica difícil definir essas fronteiras de nomenclatura, pois vem de fora essa necessidade de se definir sobre o tipo de arte que eu me encaixo”, explica. 

A xilogravura entrou na vida do artista como um processo terapêutico na pandemia. “Era um momento de crise no mundo mundo todo, o que também atingiu os artistas, a música parou. A gente deixou um pouco a música e acabei tentando buscar uma alternativa de alguma coisa manual que eu pudesse baixar um pouco a frequência”, conta. A técnica em madeira da xilogravura sempre encantou Fernando. “O processo é lento e bastante manual, muitas vezes até desgastante, acontece até de doer a mão e o dedo por conta da foice de desenhar na madeira”. A arte mistura a delicadeza e o jeito bruto, segundo ele. “Isso foi me encantando, é coisa de baixar a cabeça e só levantar quando termina, pra você mesmo querer olhar pra ela e enxergar a arte completa”.

Depois do esboço, nem o artista sabe até onde a arte pode parar, segundo Fernando. “É meio que um encontro em que vão surgindo os traços. A gente faz muita pesquisa, busca muita referência”. No fim, até a matriz, a madeira que foi pintada e moldada, também vira arte nas mãos do artista. “Eu acabei me encantando e o pessoal também começou a gostar assim. Eu gostei da matriz, de poder pegar e ver como é. As pessoas compram e transformam em quadro e agora sai mais a matriz do que a própria impressão”.

Expectativas

Ver a própria arte, representando o Festival e empenada nos prédios da cidade foi surpreendente. “Eu fico muito feliz de participar dessa edição e ver os materiais. Pra gente que começou faz pouco tempo, ter esse reconhecimento é muito legal. Minha mãe achou o máximo ver o banner grande”, sorri. A gratidão também se estende à Universidade, casa de Fernando. “Na UEPG eu tenho uma história de muito sonho, muita luta, muita pesquisa, muita canseira e muita gratidão”. E a expectativa para o dia 17? “Tenho grandes amigos e amigas que irão se apresentar e eu estarei lá, com certeza, prestigiando. As expectativas são muito positivas”, finaliza.

O 35º FUC

O Festival tem o patrocínio master da Belgotex do Brasil e patrocínio da Unimed Ponta Grossa, Premium Vila Velha Hotel e Cresol, com incentivo da Prefeitura de Ponta Grossa por meio do Programa Municipal de Incentivo Fiscal à Cultura (Promific), da Secretaria Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Política Cultural; e da Lei de Incentivo a Eventos Geradores de Fluxo Turístico, da Secretaria Municipal de Turismo e Conselho Municipal de Turismo. A produção é da Estratégia Projetos Criativos e a promoção da RPC.

Com informações da assessoria 

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