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Presente do primeiro santo brasileiro

Coluna 'Na Trilha da Fé': Presente do primeiro santo brasileiro

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Da Redação

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Coluna 'Na Trilha da Fé': Presente do primeiro santo brasileiro

O Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Brotas, em Piraí do Sul, guarda uma genuína preciosidade. Uma efígie deixada por Santo Antônio de Sant’Ana Galvão, o primeiro santo da Igreja nascido no Brasil. Na verdade, a estampa era de Nossa Senhora das Barracas, santa de grande devoção em Portugal, e, especula-se, que a sua imagem original foi pintada em agradecimento por algum benefício, nos anos de 1500. Ela retrata Maria abraçada ao Menino Jesus. Conta a história que existia um painel desta imagem na casa de uma pobre mulher. Após o terremoto de 1755, a mulher, com suas duas filhas, foi acolhida na igreja do então beato Antônio, que, devido à sua estrutura, não ficou destruída. Muitas pessoas foram acolhidas nas instalações. A mulher trouxe consigo os pedaços do painel em que se conservava inteira a imagem.

Alguns meses depois, se fez uma barraca, entre as tantas outras, no pátio da Igreja com os pedaços de madeira que encontraram. Também foi utilizada a parte do painel quebrado. A imagem ficou na parte exterior da barraca, exposta, sem culto algum por mais de um ano. Em 1757, no dia da comemoração da fuga de Nossa Senhora para o Egito, a mulher decidiu também fugir do pátio da igreja, em busca de melhores condições na cidade de Lisboa. “No dia 24 de abril, um religioso vindo das missões, acompanhado de grande número de pessoas e crianças que rezavam o Terço, ao passar defronte da sagrada imagem, vendo-a tão bela e a condição de desprezo em que estava, movido pela devoção mariana, pediu que todos se ajoelhassem diante dela e a louvassem com a oração da Salve Rainha.

O religioso pediu que a dona da barraca lhe desse a imagem da Senhora para lhe dar culto e veneração. Tirada a imagem da pobre barraca, foi restaurada e, naquela pobre tabuinha, começou a ser louvada nos Terços públicos. Crescia o culto à Virgem Santíssima e logo começaram a aparecer os prodígios e milagres para os que com fé a invocavam” 1 O culto à santa remonta 1808, quando frei Antônio Sant’Ana Galvão, em seu trabalho missionário de visitador provincial, passando por Piraí do Sul, deixou a viúva Ana Rosa de Paula, uma estampa com a dedicatória: ‘lembrança de frei Galvão’, além de ter dito à família: “venerai sempre esta santa efígie porque ela é muito milagrosa”. Ana Rosa guardou-a, colocando-a em uma cartolina dura, para melhor conservar, rodeando-a com uma moldura de madeira. Anos mais tarde, Ana Rosa de Paula, contraiu segundas núpcias com Joaquim Maciel e, na mudança de casa, o quadro foi perdido.

Certo dia, indo pelas cercanias de sua casa, no mato ali existente, que fora totalmente destruído por um grande incêndio, Ana encontrou sua santa, “entre raízes e brotos novos de vegetação. O fogo havia destruído totalmente a moldura de madeira do quadro, sem, no entanto, lesar a estampa de papel, que ficou levemente chamuscada. Perplexos com este fato, interpretaram-no como um verdadeiro milagre operado por Nossa Senhora. Por ter sido encontrada entre brotos de pastagens, passou a ser conhecida como Nossa Senhora das Brotas. A notícia desse caso milagroso foi passando de boca em boca, levando o nome de Nossa Senhora das Brotas”2 Diversas capelas foram, sucessivamente, construídas em pontos diversos do bosque até o atual construído e inaugurado em 1985. O novo Santuário, tem, em linhas gerais, o formato de uma coroa, em homenagem à Virgem das Brotas. Os tropeiros que vinham do Sul, rumo a São Paulo, tornaram-se os primeiros devotos e Nossa Senhora das Brotas tornou-se a protetora da agricultura e da pecuária, e, padroeira do Caminho das Tropas. A estampa fica guardada na casa da Reitoria do santuário e só é exposta no dia de sua festa, 27 de dezembro, e em ocasiões festivas solenes.

Fontes:

Santuário Diocesano de Nossa Senhora das Brotas

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