Atleta ‘Prata da Casa’, Garletti busca vaga nas Paralimpíadas de Paris

O paratleta profissional Carlos Garletti, de Ponta Grossa, que já conquistou duas medalhas de prata nos jogos Parapan-Americanos, busca a vaga para a sua quarta participação nos Jogos Paralímpicos, que neste ano serão disputados em Paris. Ele, que disputa o tiro esportivo, e tem como especialidade a prova da carabina – 50 metros deitado, se prepara para o Campeonato Mundial, a ser realizado entre os dias 6 e 15 de março em Nova Deli, a capital da Índia. O campeonato serve como uma seletiva para os Jogos Paralímpicos.

Por ser um Campeonato Mundial, Garletti reconhece que a dificuldade será grande, pelo fato de haver atletas do mundo todo. Entretanto, em seu currículo, o profissional do tiro tem outros retrospectos favoráveis, como recordou em live concedida ao Portal aRede. “Uma vez, eu ganhei uma medalha de prata num Campeonato Mundial, na Alemanha. E foi uma surpresa, porque eu era um cara desconhecido da América do Sul, que acabou desbancando campeões mundiais, campeões paraolímpicos. Eu quase ganhei a medalha de ouro; na verdade, nós fomos para o último tiro para disputar o ouro. Então essa prova foi a que me garantiu no Rio, nas Palimpíadas do Rio”, recordou o profissional.

Na entrevista, Garletti recordou suas atuações nas Paralimpíadas e como foi seu desempenho nos jogos Parapan-Americanos, detalhou seu equipamento, e revelou as dificuldades do esporte. Para a disputada da carabina de ar – 10 metros (que foi o equipamento que ele detalhou no estúdio), a precisão precisa ser extrema. “Quando você está lidando com alvo a 10 metros, o alvo todo é um pouquinho maior que uma moeda de um real. Porém, o ‘10’ que é onde você tem que acertar, se não você vai sair fora da disputa, é meio milímetro. Então é do tamanho de um buraco de uma agulha, e você tem que acertar os seus 60 disparos naquele buraquinho de agulha”, informou. Para treinar, além de ir a estandes de tiro e de ter autorização para treinar no 13 BIB, ele faz treinos em casa e também utiliza um simulador russo.

Entre os apoiadores de Carlos Garletti, além do Governo Federal com a Bolsa Atleta, e do Governo Estadual, com o Geração Olímpica, está a Prefeitura de Ponta Grossa, com o Projeto Prata da Casa. O Prata da Casa é uma lei municipal, que consiste de uma bolsa concedida aos atletas, e que faz uma grande diferença aos esportistas, afirma o profissional. “Hoje, o esporte amador no Brasil é totalmente dependente de bolsas, então o projeto Prata da Casa da prefeitura de Ponta Grossa é algo extremamente relevante. Ele é importantíssimo pra gente começar a trabalhar, com qualquer esporte. Graças ao Prata da Casa, podemos manter grande parte dos esportes amadores rodando, e que poderão ter, mais para a frente, uma representatividade, muitas vezes, Pan-Americana e Olímpica”, destaca. A Princesa Assistência é uma das empresas apoiadoras do projeto, com o intuito de contribuir para que cada vez mais atletas se destaquem e ganhem projeção nacional e internacional.

Projeto Prata da Casa apoia 250 atletas

Garletti esteve presente nos estúdios do Portal aRede, concedendo a entrevista mostrando sua medalha conquistada nos jogos Parapan-Americanos do Chile, em novembro de 2023, juntamente com Fabiano Gioppo, diretor de paradesporto da Secretaria Municipal de Esportes da Prefeitura de Ponta Grossa; com Fábio Rodrigues, que é o Coordenador da Princesa Assistência; e Murilo Rodrigues, o diretor da Princesa Assistência. “A Princesa Assistência, como o nome já fala, é assistencial. Então, nós estaremos, neste ano de 2024, novamente dando continuidade aos nossos projetos junto com o Fabiano e a Prefeitura. Nossa ideia não é começar, mas sim ter continuidade em todos os projetos que nós apoiamos”, disse Murilo Rodrigues. No total, o ‘Prata da Casa’ apoia 250 atletas, sendo cerca de 80 paratletas, informou Gioppo.