Carlo Ancelotti renova com o Real Madrid e frustra planos da CBF | aRede
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Carlo Ancelotti renova com o Real Madrid e frustra planos da CBF

O novo acordo foi anunciado nesta sexta-feira (29) pelo clube espanhol; com isso, Seleção fica sem técnico a partir de julho de 2024

Indefinição na presidência da CBF foi 'trunfo' dos espanhóis
Indefinição na presidência da CBF foi 'trunfo' dos espanhóis -

Da Redação

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Carlo Ancelotti não será treinador da Seleção Brasileira. O técnico italiano acertou a renovação com o Real Madrid até junho de 2026. O novo acordo foi anunciado nesta sexta-feira (29) pelo clube espanhol. 

Em nota no site oficial, o Real Madrid enalteceu a carreira vitoriosa de Ancelotti no clube. Em cinco temporadas, ele ganhou 10 títulos: 2 Liga dos Campeões, 2 Mundiais de Clube, 2 Supercopas da Europa, 1 Campeonato Espanhol, 2 Copas do Rei e 1 Supercopa da Espanha. 

"Carlo Ancelotti é o único treinador que ganhou 4 Liga dos Campeçoes e que mais tem vitórias na história da competução (118), e também é o primeiro treinador a vencer as cincos grandes ligas da Euroa (Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha", diz o comunicado. 

Na metade do ano, o então presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, anunciou que tinha um acordo para que Ancelotti assumisse a Seleção Brasileira a partir de junho de 2024, quando acabava o vínculo anterior do técnico com o Real Madrid. Apesar das declarações do dirirgente, o italiano nunca confirmou o plano e dizia que o foco estava no clube espanhol. 

Fernando Diniz foi anunciado como técnico da Seleção com um contrato de 12 meses. Como a ideia era que ele fosse um 'treinador tampão' até a chegada de Ancelotti, ele acumulou a função com o trabalho no comando do Fluminense.

No começo de dezembro, no entanto, Ednaldo Rodrigues foi afastado pela Justiça do comando da CBF. A incerteza sobre o comando da entidade passou a ser vista como um trunfo do Real Madrid nas negociações com Ancelotti. A Fifa vem ao Brasil no dia 8 de janeiro para entender a polêmica e pode até punir a Seleção e os clubes brasileiros por causa da interferência da Justiça comum no futebol. 

ENTENDA  - O caso começou quando uma ação do MP-RJ pediu a anulação de assembleia geral realizada pela CBF, em março de 2017, que alterou regras eleitorais internas. Alegou-se, à época, que as modificações não teriam obedecido aos princípios da transparência e publicidade. Em 2021, essas alterações foram anuladas. Em consequência, foram debatidas novas regras com participação dos clubes e federações e realizadas novas eleições.

Em fevereiro de 2022, foi firmado acordo (Termo de Ajustamento de Conduta) entre o MP-RJ e a CBF para conferir estabilidade em favor da entidade máxima do futebol. No começo deste mês, o TJ-RJ julgou a legalidade do TAC e anulou assembleias da CBF.

No pedido de liminar negado pelo STF, o PSD sustentou que a manutenção do afastamento do presidente da CBF pode representar represálias por parte da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol). José Perdiz de Jesus foi nomeado como interventor e presidente em exercício da CBF. Isso desagradou Fifa e Conmebol, que farão uma visita ao Brasil em janeiro.

Enquanto isso, Ednaldo Rodrigues já havia recorrido no Supremo Tribunal Judicial (STJ) para reverter a situação, alegando que o seu afastamento coloca em risco "a organização do futebol no País e toda a sua cadeia econômica". O pedido foi negado. O MP-RJ também foi ao STJ questionar a decisão do TJ-RJ, mas o Tribunal não aceitou a tese apresentada

As informações são do Terra

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