Erick marca, mas Bolívar vira sobre o Athletico na Libertadores
Apesar do gol marcado pelo volante ex-Operário no início da partida, time paranaense não resistiu aos bolivianos e a altitude de La Paz
Publicado: 02/08/2023, 07:50
O Athletico perdeu de virada para o Bolívar por 3×1 nesta terça-feira (1), em La Paz, pela ida das oitavas de final da Copa Libertadores. O resultado obriga o Furacão a vencer por três ou mais gols de diferença na próxima terça (8), na Arena, para ir às quartas de final da competição. Uma vitória por dois gols de vantagem leva a decisão para os pênaltis. O time boliviano se classifica vencendo, empatando ou perdendo por um gol.
A partida uniu as constantes falhas defensivas do Athletico, o impacto forte da altitude, erros de decisão do técnico Wesley Carvalho e um pênalti não marcado para o Furacão. Erick abriu o placar, mas Ronnie Fernández (duas vezes) e Bejarano viraram a partida para o Bolívar no estádio Hernando Siles.
A próxima partida do Athletico será neste sábado (5), às 16h, contra o Santos, na Vila Belmiro com portões fechados, pela 18ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão ocupa a sétima posição e pode entrar no G4 com uma vitória, mas a tendência é de utilização de uma equipe mista por conta do jogo decisivo da semana que vem. Já o Bolívar retorna a campo na sexta (4), diante do Blooming, pelo campeonato boliviano.
O jogo do Athletico
O Bolívar começou no abafa. O Athletico atuava na teoria em um 4-4-2, mas Canobbio voltava a ser ala para que Esquivel se juntasse a Zé Ivaldo e Kaique Rocha na zaga. Para tentar dar velocidade, a surpresa foi a escalação de Thiago Andrade. A ideia era explorar a lentidão dos três zagueiros dos donos da casa. E foi com Vitor Roque que isso aconteceu. Logo aos 10 minutos, o camisa 9 ganhou de dois defensores e rolou para Erick abrir o placar. Só que o empate saiu rapidamente – numa falha incrível de Zé Ivaldo e Kaique Rocha, Ronnie Fernández marcou.
O jogo estava muito desenhado. Se Vitor Roque e Canobbio (quando chegasse à frente) encarassem a defesa do Bolívar na velocidade, ganhariam quase todas. E, do outro lado, a defesa do Athletico falhava constantemente, obrigando Bento a se virar para manter o 1×1. Até que Bejarano surgiu livre na direita e chutou no canto, vencendo o goleiro rubro-negro. Nem Esquivel e nem Canobbio estavam na marcação do ala boliviano. A dificuldade da altitude, os erros técnicos e o posicionamento tático minavam o Furacão.
Segundo tempo
O Athletico voltou com Cacá – o zagueiro estreava entrando no lugar de Thiago Andrade. Eram agora três zagueiros de fato e Canobbio no lugar dele, no ataque. O problema agora era encarar o desgaste excessivo por conta da altitude. Tanto o uruguaio quanto Vitor Roque sentiram rapidamente os efeitos dos 3.637 metros acima do nível do mar. E o camisa 9 saiu da partida para a entrada de Pablo aos 13 minutos. O Furacão tinha reclamações – em especial de um pênalti não marcado, quando Bentaberry desviou com o braço levantado o cabeceio de Zé Ivaldo. O árbitro nem consultou o VAR.
Mas era o Bolívar que ficava mais com a bola e rondava a área do Athletico. Villaroel levou perigo, Justiniano acertou o travessão. E Bento operou um milagre na cabeçada de Bentaberry. A preocupação era tanta que Wesley Carvalho colocou Hugo Moura no lugar de Fernandinho – ao mesmo tempo, Vitor Bueno entrou na vaga de Vidal. Só que os donos da casa ampliaram com Ronnie Fernández, de cabeça. O Furacão terá uma tarefa considerável para realizar na próxima terça.