Três modalidades que você não vai acreditar que são desportos
Diversidade é tanta que algumas delas pode não acreditar que são desportos
Publicado: 17/07/2023, 13:03
São variadas as modalidades desportivas, e muitas delas têm diferentes disciplinas. A diversidade é tanta que algumas delas pode não acreditar que são desportos.
Descubra aqui no site aRede e com a Betway Moçambique três desportos únicos e verdadeiramente inusitados: a capoeira (sim, leu bem), o teqball e voleibol de praia.
Capoeira
A capoeira é conhecida sobretudo na sua dimensão cultural enquanto dança. No entanto, a verdade é que também envolve elementos de arte marcial e é secular.
As origens da capoeira remontam a vários séculos, não sendo totalmente claras. Este desporto é afro-brasileiro, não envolve contacto e o praticante é o capoeirista.
A origem da capoeira é ainda objeto de debate entre historiadores. Certo é que surgiu entre as populações escravas, que ocultavam a apetência por uma arte marcial. Os primeiros registos fiáveis da prática da modalidade são do início do século XIX. No entanto, alguns defendem que em Angola a capoeira já era uma forma de dança ritualística, enquanto outros são da opinião que a capoeira surgiu no Quilombo dos Palmares, no Brasil, no século XVI.
Como uma arte marcial usada por escravos na sua defesa, e como prática de violência, apesar de a prática da capoeira se difundir, também foi ilegal no Brasil até 1940. Atualmente, a capoeira é uma imagem de marca da cultura brasileira. Apesar de ser uma arte marcial, assume também a forma de dança e tem música. É que durante a escravidão os escravos praticavam o desporto na forma de uma falsa dança, enquanto os outros cantavam e batiam palmas – de maneira a disfarçar que eram hábeis em artes marciais.
Os golpes da capoeira podem ser diretos ou giratórios, e a rasteira é um dos mais importantes. Costumam ser ágeis, mas também complexos. O capoeirista deve atacar no momento certo e de forma definitiva, até porque a capoeira surge destinada ao combate em desvantagem. Os golpes devem ser evitados com esquiva (em pé ou com as mãos a apoiarem-se no chão), mas se for impossível então o desportista pode aparar ou desviar o golpe com as mãos ou as pernas. A ginga é um movimento essencial na defesa. Meia-lua de compasso, rasteira, martelo, arpão, cotovelada, chibata ou escala de mão são exemplos de alguns dos golpes.
Tal como outras artes marciais, a capoeira tem uma graduação através de cordões coloridos, embora o iniciante não tenha logo um cordão.
Teqball
Conhece ténis de mesa? Conhece futebol? Provavelmente, já ouviu falar e até já viu jogos de ambas as modalidades. Mais difícil de imaginar é que as duas se fundam, mas na realidade isso já aconteceu na forma do teqball.
O desporto é jogado numa mesa curva e com uma bola de futebol. Há uma federação para a modalidade – a Federação Internacional de Teqball (FITEQ) e apesar de ter pouco mais de dez anos de existência até já foi incluída nos Jogos Africanos de Praia.
O teqball foi inventado na Hungria por Gábor Borsányi, György Gattyán e Viktor Huszar – com a ideia base a surgir de Gábor Borsányi, que jogava habitualmente com uma bola de futebol numa mesa de ténis de mesa. Em 2014 surgiu a primeira mesa de teqball, e em 2016 o desporto foi oficialmente apresentado em Budapeste… com um embaixador de renome: Ronaldinho.
Um court de teqball tem um mínimo de 12 metros de largura, por 16 metros de comprimento e sete metros de altura. Deve ser retangular. A mesa está exatamente a meio do court, tem três metros de comprimento e 1,7 metros de largura. A meio está uma rede. Quanto à bola, é esférica e tem o tamanho de uma bola de futebol normal, mas com menos pressão. Um set é jogado até que um jogador ou equipa atinja 12 pontos. Por equipas, o teqball é jogado em duplas.
Apesar da sua juventude, o teqball já ganhou direito a ter Campeonatos do Mundo – em 2017, 2018 e 2019 – para além de ter sido incluído nos Jogos Africanos de Praia de 2019. Este ano, integrou o programa dos Jogos Europeus pela primeira vez. Atualmente, o teqball procura entrar nos Jogos Olímpicos, quando já é reconhecido oficialmente pelo Comité Olímpico da Ásia e pela Associação de Comités Olímpicos Nacionais da Ásia.
Voleibol de praia
Mais um desporto que varia de um existente anteriormente, o voleibol de praia é – como o nome indica – a versão de praia do voleibol. No entanto, o formato é muito diferente.
As equipas são habitualmente de pares, e não de seis elementos como o voleibol interior. Disputa-se em praias ou arenas com piso de areia.
As origens do voleibol de praia remontam a 1915 – cerca de 30 anos depois da invenção do voleibol – e à Praia Waikiki no Havai. Foi aí que aconteceu o primeiro jogo registado, mas só em 1920 é que houve o primeiro grande evento para massas em Santa Monica (Estados Unidos da América).
A modalidade foi crescendo e, enquanto inicialmente as equipas tinham seis jogadores, a partir de 1930 começou a ganhar popularidade a versão com dois jogadores: devido a um torneio em que só apareceram quatro pessoas.
O facto de ser um desporto barato fez crescer ainda mais o voleibol de praia durante a Grande Depressão da década de 1930, chegando também à Europa. Vários torneios sucederam-se em diversos países e personalidades de renome mundial interessaram-se, mas o voleibol de praia só teve o primeiro torneio profissional em 1976.
Foi o Campeonato Mundial de Voleibol de Praia Olympia, que se viria a expandir e a ser renomeado de Pro Beach Volleybal Tour. O desenvolvimento continuou: em 1987 foi realizado o primeiro torneio sancionado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) e em 1996 o voleibol de praia entrou nos Jogos Olímpicos – onde se mantém até hoje. Os Campeonatos Mundiais FIVB acontecem desde 1997, assim como a Beach Volleyball World Tour FIVB.
O court de voleibol de praia é com areia e retangular, com 16 metros de comprimento e oito metros de largura, rodeado por um espaço livre com pelo menos três metros de comprimento em todos os lados. A meio do court está uma rede com 8,5 metros de comprimento e um metro de largura. O topo da rede está nos 2,43 metros para a vertente masculina e a 2,24 metros para as provas femininas. A bola deve ser resistente à água e flexível, esférica com uma circunferência de 66 a 68 centímetros.
As equipas são constituídas por dois jogadores que não podem ser substituídos. Um set é ganho pela primeira equipa a chegar aos 21 pontos (15 pontos no último set) com dois pontos de vantagem.