Em processo, vítima de estupro teria reconhecido técnico Cuca | aRede
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Em processo, vítima de estupro teria reconhecido técnico Cuca

Diferente do que disse em coletiva, treinador teria sido reconhecido pela menina de 13 anos estuprada na Suíça; declaração é do advogado da vítima

Cuca foi apresentado como técnico do Corinthians na última semana
Cuca foi apresentado como técnico do Corinthians na última semana -

Da Redação

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O técnico do Corinthians, Cuca, teria sido reconhecido como um dos criminosos do caso de violência sexual contra uma menina de 13 anos, ocorrido em 1987, na Suíça. Quem fez a revelação foi o advogado suíço Willi Egloff, que acompanhou a vítima durante o processo.

Em sua coletiva de apresentação no Timão, Cuca garantiu ser inocente, mesmo tendo sido condenado dois anos depois. Além disso, ele reiterou que não foi reconhecido pela vítima como um dos abusadores. Egloff, porém, afirmou em entrevista ao "UOL" que a versão do técnico é falsa.

"A declaração de Alexi Stival (Cuca) é falsa. A garota o reconheceu como um dos estupradores. Ele foi condenado por relações sexuais com uma menor", disse o advogado. "Respeito as mulheres, nunca encostei um dedo. Tive em outros clubes e nunca foi me questionado. Meu erro foi nunca ter me defendido, não fiz isso porque não tinha dinheiro e nem soube. Fomos para averiguação e, três vezes, não é que ela não me reconheceu, é que eu não estava lá. Se a vítima diz que eu não estava lá... E eu juro por Nossa Senhora da Aparecida que é a coisa que eu mais amo no mundo. Tem o protesto, é claro que é justo, pelo que tem falado. Mas por que eu devo uma desculpa para a sociedade se eu não fiz nada? - indagou Cuca, em apresentação no Corinthians.

Além de revelar que o técnico foi reconhecido, Willi Egloff contou que a informação publicada pelo jornal local "Der Bund", sobre ter sido encontrado sêmen de Cuca no corpo da vítima, é verdadeira. A matéria foi divulgada em 1989, dois anos depois de o caso acontecer. "É correto que o sêmen de Alexi Stival foi encontrado no corpo da garota. O exame foi realizado pelo Instituto de Medicina Legal da Universidade de Berna. O advogado também confirmou que a garota tentou cometer suicídio após o crime.

"Esta informação (sobre a tentativa de suicídio) está correta. No entanto, eu não me lembro com certeza se isso aconteceu imediatamente após o evento ou mais tarde", afirmou.

CORINTHIANS INVESTIGOU

Antes de anunciar a contratação de Cuca, a direção do Timão tomou algumas providências. O departamento jurídico foi acionado e um processo de compliance foi aberto para apurar a condenação do treinador.Dois motivos foram preponderantes para que o departamento de futebol corintiano prosseguisse com a contratação: a sentença e a palavra da vítima. Na interpretação jurídica do Alvinegro, Cuca foi condenado à revelia, quando o acusado não comparece ao processo e deixa de se defender. Além disso, a menina que foi violentada não teria reconhecido o atual técnico do Corinthians como agressor nas três oportunidades nas quais depôs.

DIFÍCIL ACESSO

Apesar da investigação corintiana, Willi Egloff explicou o motivo de ser difícil ter acesso ao processo de 1987, que está sob sigilo na Suíça. Ele também disse por quais crimes os réus foram condenados. "Como o caso foi realizado sob proteção de privacidade, é difícil ter acesso ao arquivo. Alexi Stival foi condenado por violar o art. 181 (coerção) e o art. 191 (fornicação com crianças) do Código Penal Suíço. Desde então, o Código Penal Suíço foi revisado várias vezes. O antigo art. 191 corresponde ao art. 187 (atos sexuais com crianças) do atual Código Penal Suíço", esclareceu o advogado.

As informações são do jornal Lance!

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