Defesa de Robinho ironiza 'plantão' do MP em endereço do jogador
Ao informar o endereço de Robinho, a defesa do jogador disse que o "endereço é publicamente conhecido"
Publicado: 18/03/2023, 16:57
Em uma petição enviada ao tribunal que trata do caso do jogador Robinho, os advogados de defesa do condenado a nove anos de prisão na Itália reclamaram sobre a postura da imprensa que, de acordo com o documento oficial, estão "postados na porta de sua casa" deixando a Robinho e a sua família constrangidos.
De acordo com o jogador, que teve comprovado o crime de violência sexual contra uma mulher, seus filhos pequenos estão sendo afetados pelo assédio de membros da imprensa de Santos. No documento, a defesa de Robinho afirmou que seu endereço é de conhecimento público e ironizou o fato de o Ministério Público afirmar que não consegue encontrá-lo: "Estranha a informação prestada pelo MP, pois o endereço é publicamente conhecido".
Também foi protocolado uma petição no Supremo Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que a Justiça da Itália envie o processo que levou Robinho a ser condenado a nove anos de prisão pelo estupro de uma mulher em Milão completo e traduzido para o português, porque só assim seria possível defender adequadamente o atleta revelado pelo Santos.
Após receber o pedido, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, ainda não publicou uma decisão a respeito da solicitação feita pela defesa de Robinho.
Robinho: STJ nega pedido de retenção de passaporte
Condenado a nove anos de prisão por ter estuprado uma mulher albanesa no ano de 2013 na Itália, o ex-atacante Robinho teve um pedido de retenção de seu passaporte negado pela presidente do Supremo Tribunal de Justiça, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, nesta terça-feira após uma ONG realizar o pedido.
A União Brasileira de Mulheres (UBM), que buscou, também, entrar no caso como terceiro interessado (chamado juridicamente de amicus curiae), viu a solicitação de retenção do passaporte de Robinho negada, assim como o pedido de ingressar no processo. A ministra alegou que a negativa se deu por "Falta de legitimidade do amicus curiae para tanto. O amicus curiae, em regra, sequer pode recorrer de decisões judiciais, quanto mais requerer a imposição de medidas cautelares sobre as partes".