Motorista diz que não teve como evitar colisão que matou empresário
Condutor do transporte coletivo prestou depoimento; acidente ocorreu em Curitiba
Publicado: 18/12/2024, 10:07
O motorista do ônibus envolvido no acidente com outros 10 veículos em Curitiba, e que matou um empresário, prestou depoimento para a Polícia Civil do Paraná (PCPR). O condutor afirmou que não teve outro meio para evitar o resultado e que tentou tirar o veículo da via em duas ocasiões.
O motorista contou que estava na segunda faixa da direita e avaliou jogar o veículo para um dos lados, mas que não teve sucesso.
“Tentei escapar para as duas laterais, mas não tive êxito porque tinha carro do meu lado na primeira tentativa. Na segunda, eu não conseguiria entrar à direita por ter uma velocidade que aumentou”, contou.
“O que eu pude fazer, tentar escapar para esquerda ou direita… Se eu entro à esquerda, entraria em um estabelecimento comercial e não saberia se tinha mais gente”, completou ele ao delegado Edgar Santana, responsável pelo inquérito do caso.
“O mecânico autorizou”, declara motorista sobre uso do ônibus
Um dos principais pontos a serem solucionados no inquérito da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran) é porque o ônibus não foi guinchado. O veículo da linha 703 – Caiuá tinha apresentado porque se tratava de um problema de ar, nos freios.
O motorista do ônibus ainda declarou que não perguntou qual havia sido a falha constatada no ônibus mais cedo, mas que o mecânico havia liberado o uso do veículo.
“Não relataram qual problema que ele tinha. A garagem [me avisou], por causa da substituição. Não [questionei]. Ele estava normal, andando, e o mecânico autorizou”, disse.
“Na sequência, descendo a Iguaçu, no final da via, senti que o carro não respondia mais o freio. Até ali estava funcionando normal. Para tentar evitar alguma coisa, comecei a avisar os motoristas da frente”, disse ele.
Condutor de ônibus há quase 30 anos, o motorista ainda declarou que nunca se envolveu em um acidente deste tipo. Além disso, ainda afirmou que nada no veículo poderia indicar que a falha persistia.
“Não acendeu nenhuma luz. No sistema simples, que possa ser consertado na rua, ele dá sequência. Se precisa ser rebocado, precisa avisar a empresa”, completou.
Laudo é fundamental para as investigações - Em entrevista na semana passada, o delegado Edgar Santana explicou que o laudo sob responsabilidade do Instituto de Criminalística (IC) será fundamental para o andamento das investigações.
A Polícia Civil quer saber se o veículo realmente apresentou os problemas nos freios e no sistema de ar, além do esclarecimento se houve algum outro problema que não foi identificado pelo mecânico.
Informações: Banda B, parceiro do Portal aRede