Caso Caio: advogado suspeita de alterações em imagens do crime | aRede
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Caso Caio: advogado suspeita de alterações em imagens do crime

André Luis Romero de Souza, que compõe a defesa do jovem assassinato, suspeita que imagens das câmeras que estavam no uniforme de guardas municipais possam ter sido apagadas

O estudante Caio José Ferreira de Souza Lemes, morte em uma abordagem da Guarda Municipal
O estudante Caio José Ferreira de Souza Lemes, morte em uma abordagem da Guarda Municipal -

Da Redação

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A família de Caio José Ferreira de Souza Lemes busca saber se os arquivos das câmeras dos guardas municipais (GMs) envolvidos na morte do adolescente de 17 anos, que aconteceu em março deste ano, no bairro Campo Comprido, em Curitiba, foram apagados.

Um pedido foi feito à Justiça nesta sexta-feira (22) buscando a explicação dos peritos do Instituto de Criminalística (IC) para o que houve na linha do tempo dos equipamentos. Isto aconteceu após uma constatação, por parte da assistência de acusação, de modificações na linha do tempo das câmeras nos dias 29 de março e 4 de abril.

Em entrevista à Rádio Banda B, o advogado André Luis Romero de Souza, que compõe a defesa da família, explicou que dois são os objetivos básicos do pedido enviado à Justiça: verificar um possível crime de fraude processual e a verdade dos fatos para o que houve naquele 25 de março.

"Se houve o apagamento proposital de dados, nós temos mais um crime [de fraude processual]. Se não houve, aí será a versão dos guardas contra as provas que constam nos autos. A defesa da família, na assistência de acusação, busca somente a verdade. Saber o que aconteceu naquele dia 25 de março", disse Romero.

No início do inquérito policial, a defesa da família de Caio Lemes pediu que fossem requisitados os equipamentos usados pelos GMs para uma perícia. O pedido foi atendido e o IC realizou o ato. O laudo da perícia foi anexado ao processo e submetido à análise mútua (assistência de acusação e defesa dos guardas). Após analisado o laudo, os advogados constaram o possível erro na linha do tempo dos equipamentos.

"Com base nestas constatações, nós pedimos à Justiça que seja requisitado ao IC para esclarecer as modificações; se forem apagamentos de arquivos, buscamos saber se é possível a recuperação desses dados. O objetivo é saber o que aconteceu naquele momento. Se houve uma execução, ou não; de que maneira aconteceu a ocorrência. A importância para assistência é neste contexto", completou o assistente de acusação.

Ambas as datas questionadas pela assistência de acusação são depois da morte de Caio. O pedido aguarda retorno da Justiça.

GM virou réu pela morte de Caio Lemes

A Justiça de Curitiba aceitou, no início de setembro), a denúncia contra o guarda municipal acusado de matar o adolescente Caio José Ferreira de Souza Lemes, de 17 anos. O Ministério Público do Paraná (MPPR) pede que Edilson Pereira da Silva seja responsabilizado pelo crime de homicídio, qualificado pelo motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima, além da fraude processual.

A Justiça também acolheu a denúncia oferecida contra o guarda Edmar Teixeira Júnior, por fraude processual. Segundo o MPPR, os dois agentes colocaram uma lâmina de faca perto do corpo da vítima para forjar uma situação de legítima defesa. A Banda B entrou em contato com o advogado Rodrigo Cunha, que defende os guardas e respondeu por meio de nota.

"Agora é o momento inaugural da Ação Penal, e esta defesa ressalta que a Denúncia está repleta de inconsistências que são totalmente contrárias aos elementos de prova carreados no inquérito policial, e que, evidentemente, serão objeto de debate nas audiências, sendo que ao final, não restará dúvida acerca da inocência dos Guardas Municipais" disse o advogado dos guardas municipais.

As informações são da Rádio Banda B

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