Paraná reduz número de jovens que não trabalham nem estudam
Segundo o Ipardes, a chamada geração "nem-nem”, que são jovens que não estudam nem trabalham, está em declínio no Paraná
Publicado: 03/12/2025, 21:42

A chamada geração "nem-nem”, que são jovens que não estudam nem trabalham, está em declínio no Paraná. O número de jovens de 15 a 29 anos que estava fora da escola ou do mercado de trabalho caiu de 474 mil, em 2019, para 374 mil em 2024, ou seja, foram 100 mil a menos em cinco anos.
O dado, compilado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), consta na Síntese de Indicadores Sociais, pesquisa divulgada nesta quarta-feira (03) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Estamos oferecendo muitas oportunidades para que os jovens paranaenses possam estudar, se qualificar e ascender no mercado de trabalho”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Temos a melhor educação do Brasil e o maior número de universidades estaduais do País, com sete instituições espalhadas por todas as regiões do Estado. Temos aulas de robótica, programação e programas como o Ganhando o Mundo, que capacitam os estudantes da rede pública e são um incentivo para estarem na escola”.
Os “nem-nem” têm, inclusive, a menor representação dentro da população nessa faixa etária. Dos 2,57 milhões de jovens paranaenses com idade entre 15 e 29 anos, 520 mil estudam (20%), 422 mil estudam e tem uma ocupação (16%), 1,25 milhão (49%) estão no mercado de trabalho e apenas 374 mil (11%) não estudam e nem trabalham. E mesmo entre estes, 20,5% estão desocupados, mas procurando emprego.
De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, a queda do número de jovens que não estudam e não trabalham reflete a forte articulação entre as políticas do Estado. “Ao promovermos ações para a redução da evasão escolar, em conjunto com as iniciativas para o primeiro emprego, atingimos níveis muito mais baixos de jovens que não estudam e não estão exercendo atividade laboral”, ressalta.
Segundo a pesquisa do IBGE, entre 2016 e 2024, a taxa de frequência escolar bruta cresceu 8,2% no Estado, com aumento expressivo justamente nas faixas etárias atendidas pelos colégios estaduais. Entre estudantes de 15 a 17 anos, a presença em sala passou de 84,2%, em 2016, para 91,1% no ano passado. No Ensino Fundamental 2, voltado a alunos de 11 a 14 anos, o índice também subiu, de 98,5% para 99,4%.
Entre as ações que ajudam a explicar os avanços está o programa Presente na Escola, criado em 2019 pelo Governo do Estado para monitorar a frequência em tempo real, envolver as famílias e realizar busca ativa em casos de ausência prolongada.
Além disso, o programa Ganhando o Mundo, por exemplo, exige alta assiduidade como um dos requisitos para que o aluno possa participar de intercâmbios internacionais. Em 2026, na maior edição do programa, 2 mil estudantes vão embarcar para experiências no exterior
Conforme o secretário de Estado da Educação, Roni Miranda, a redução do número de jovens que não estudam nem trabalham passa diretamente pela educação pública. "Temos direcionado esforços e recursos para garantir a oferta de uma educação pública inovadora, atrativa e de excelência aos estudantes de todo o Paraná. Como resultado, nos últimos dez anos, observamos reduções importantes na taxa de abandono escolar, tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio. Isso impacta não somente a vida de milhares de jovens e suas famílias, mas também o mercado de trabalho e a economia paranaense", destaca.
RESUMO
Redução Expressiva da Geração "Nem-Nem": O Paraná registrou um declínio significativo no número de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham (geração "nem-nem"). A quantidade caiu de 474 mil em 2019 para 374 mil em 2024, uma redução de 100 mil. Atualmente, este grupo representa apenas 11% da população paranaense nessa faixa etária.
Motivações Atribuídas e Investimentos do Estado: A queda é atribuída à articulação das políticas estaduais, com destaque para a área da educação. O governador e o Ipardes mencionam fatores como a melhoria da qualidade da educação, o aumento das universidades estaduais, e programas de incentivo como aulas de robótica, programação e o "Ganhando o Mundo" (intercâmbio internacional).
Avanço na Frequência e Programas de Permanência Escolar: Houve um crescimento de 8,2% na taxa de frequência escolar bruta entre 2016 e 2024. A presença em sala de aula de jovens de 15 a 17 anos (Ensino Médio) subiu de 84,2% para 91,1%. Programas como o "Presente na Escola" (monitoramento de frequência e busca ativa) e os requisitos de assiduidade do "Ganhando o Mundo" são citados como cruciais para a redução da evasão e o aumento da presença escolar.
Com informações: AEN.





















