A era dos softwares de RH: muito além do controle de ponto
A gestão de jornada, que por muito tempo foi limitada ao registro mecânico de horários, hoje assume um papel estratégico, impulsionado por ferramentas que ampliam o alcance do RH e otimizam sua atuação
Publicado: 16/05/2025, 16:18

O avanço das tecnologias aplicadas ao departamento de Recursos Humanos está promovendo uma mudança estrutural na forma como as empresas gerenciam suas equipes. A gestão de jornada, que por muito tempo foi limitada ao registro mecânico de horários, hoje assume um papel estratégico, impulsionado por ferramentas que ampliam o alcance do RH e otimizam sua atuação.
Embora não haja um número exato disponível, o mercado brasileiro já conta com uma ampla variedade de softwares especializados em RH, refletindo a crescente demanda por soluções que automatizam processos, aumentam a eficiência operacional e asseguram o cumprimento das complexas legislações trabalhistas. Essa diversidade evidencia um movimento claro de transformação digital no setor.
Entre essas soluções, destaca-se o Sesame, uma plataforma que combina mobilidade, agilidade e segurança jurídica: três atributos fundamentais para empresas que buscam equilibrar produtividade e flexibilidade. Trata-se de um sistema inteligente, capaz de integrar funcionalidades como geolocalização, registro remoto, alertas de compliance, integração com a folha de pagamento e acesso em tempo real a dados estratégicos, transformando o controle de jornada em um recurso analítico de gestão.
WhatsApp como aliado: tecnologia que aproxima o RH das pessoas
Em meio à transformação digital, surgem também alternativas inovadoras, que aproximam os sistemas de gestão das ferramentas já presentes na rotina dos colaboradores. Um exemplo disso é o registro de ponto via WhatsApp, funcionalidade já oferecida pela Sesame e cada vez mais adotada por empresas que valorizam mobilidade e praticidade.
A adesão tem sido especialmente alta em setores com equipes externas ou operacionais, como logística, saúde e varejo. Tiago Santos, vice-presidente de Comunidade e Crescimento e Top Voice do LinkedIn, destaca o impacto dessa mudança de paradigma: “Trata-se de uma inovação que vai além da tecnologia: é uma mudança de mentalidade. Quando uma organização permite que seus colaboradores registrem sua jornada de onde estiverem, seja de casa, no trânsito ou até mesmo em outro país, isso envia uma mensagem clara de confiança, flexibilidade e respeito à individualidade do colaborador.”
Segundo ele, esse modelo democratiza o acesso à gestão de jornada, independentemente da localização ou da escala de trabalho: “Isso fortalece a cultura organizacional e promove um senso de pertencimento essencial para o sucesso a longo prazo, pois o tempo que antes era gasto com deslocamentos desnecessários ou com burocracias operacionais pode agora ser redirecionado para atividades mais produtivas e até para o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Isso tende a reduzir o estresse, aumentar o engajamento e melhorar a percepção que o colaborador tem da empresa.”
O RH como protagonista da transformação digital
Com a digitalização ganhando espaço em diferentes áreas, o RH deixa de ser um setor exclusivamente operacional e passa a ocupar uma posição central na estratégia de inovação e cultura organizacional das empresas. “É quando a equipe consegue analisar tendências, atuar preventivamente sobre casos de sobrecarga e acompanhar indicadores de jornada de forma inteligente”, afirma Tiago.
Ele ressalta ainda que o RH de hoje enfrenta desafios complexos:“Promover engajamento em ambientes híbridos, lidar com múltiplas gerações dentro de uma mesma equipe, desenvolver lideranças mais humanas e acompanhar indicadores em tempo real."
Nesse contexto, as soluções digitais não apenas respondem a essas demandas, como elevam o papel do RH a um novo patamar. “Ao eliminar a papelada, os controles manuais, as planilhas paralelas e ter uma base sólida de dados, é possível orientar decisões mais eficazes e humanas. O RH passa a ser um guardião de dados valiosos, desenhando padrões de engajamento, identificando alertas de burnout, níveis de satisfação, performance por equipe, entre outros. Com esses insights, é possível não apenas reagir a problemas, mas antecipá-los e agir proativamente”, explica Tiago.
O especialista finaliza alertando que em um mundo em que talento é o ativo mais estratégico das empresas, não há mais espaço para um RH apenas operacional: “As transformações digitais trazem velocidade, consistência e escalabilidade, mas sobretudo devolvem ao RH aquilo que sempre foi seu maior valor: o cuidado genuíno com as pessoas.”