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Fotógrafo atingido por bomba é internado com lesões no corpo

Profissional precisou ser levado de ambulância para hospital se queixando de dores

Fotógrafo Nuremberg José Maria precisou ser hospitalizado após ser atingido por bomba na Arena MRV
Fotógrafo Nuremberg José Maria precisou ser hospitalizado após ser atingido por bomba na Arena MRV -

Publicado Por Milena Batista

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Um dos profissionais de imprensa atingidos pelas bombas arremessadas em campo pela torcida do Atlético, na Arena MRV, precisou ser encaminhado ao hospital. Nuremberg José Maria, fotógrafo, estava à beira do gramado quando ocorreram os episódios de violência, após o gol do Flamengo na final da Copa do Brasil.

Nuremberg informou que os exames de raio-x identificaram três dedos quebrados, além de lesões nos tendões e no pé. Na atualização mais recente, o fotógrafo disse que estava sendo levado para a sala de cirurgia e que ainda sentia muitas dores.

Em um áudio enviado para pessoas próximas minutos após o episódio de violência, o fotógrafo relatou sentir muita dor. “Foram muitas bombas em cima de mim”, detalhou. Ele foi socorrido de ambulância.

Uma bomba estourou perto dele durante a confusão generalizada.

De acordo com fotojornalistas, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) afirmou que já havia reportado ao Atlético os problemas de segurança enfrentados pelos profissionais na Arena.

Em nota, o Atlético afirmou que "vai colaborar com as autoridades para identificar os infratores e tomará medidas enérgicas para que os fatos não se repitam no futuro".

Confusão na final - Uma confusão se instaurou no gramado da Arena MRV tão logo o Flamengo marcou gol aos 37 minutos do segundo tempo, no jogo de volta da final da Copa do Brasil, que praticamente consagrou o time como campeão. A confusão de manteve após o apito final. Durante a comemoração, a torcida do Galo jogou bombas e copos de cerveja na direção dos jogadores do time rubro-negro e de jornalistas.

Os atletas do Galo viram a provocação e passaram a discutir. O rubro-negro já havia vencido por 3 a 1 no Maracanã. Um outro torcedor atleticano invadiu o gramado e foi detido pelas equipes de segurança. Por causa da confusão, o duelo precisou ser paralisado. Jogadores do Atlético pediram aos torcedores para não arremessar copos e bombas no campo.

Também foram registradas brigas nas arquibancadas entre atleticanos. Pais que estavam com crianças, inclusive bebês de colo, tiveram que correr com os filhos em função da confusão. Ao final do jogo, torcedores do Atlético encapuzados tentaram invadir o campo enquanto os jogadores do Flamengo celebravam o título. 

Cadeiras foram arrancadas para serem arremessadas no campo e o grupo foi detido pela Polícia. 

De acordo com fotojornalistas, a Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais (Arfoc-MG) afirmou que já havia reportado ao Atlético sobre os problemas de segurança aos profissionais na Arena. 

Veja a nota na íntegra da Arfoc-MG - A ARFOC-MG (Associação dos Repórteres Fotográficos e Cinematográficos de Minas Gerais) vem a público expressar seu veemente repúdio aos acontecimentos na Arena MRV durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil.

Mais uma vez, os fotógrafos e todos os demais profissionais de imprensa (repórteres e cinegrafistas) que estavam trabalhando neste jogo se viram vítimas de atos violentos e covardes de torcedores do Atlético-MG. Todos, sem exceções, tiveram a integridade física ameaçada, inclusive os seguranças do estádio, que ali estavam para garantir a segurança.

Os associados da ARFOC-MG, ARFOCs Rio, São Paulo e os demais profissionais de imprensa foram atingidos por bombas, copos de cerveja, refrigerante e água, lançados por torcedores. Um dos associados teve o banco quebrado devido à explosão de uma bomba e os equipamentos danificados pela água. Outros fotógrafos também relataram a mesma situação.

O caso mais grave foi de um fotógrafo atingido por uma bomba que explodiu debaixo de seu pé. Ele precisou ser socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia após sofrer fraturas em três dedos, rompimento de tendões e cortes no pé.

A ARFOC-MG já havia relatado problemas dessa natureza à administração da Arena MRV, onde foi acordado que medidas de segurança seriam implementadas. Contudo, se estas foram de fato adotadas, demonstraram-se insuficientes.

A ARFOC-MG, enfim, presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos por vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra da ARENA MRV e do Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos.

Informações: O Tempo

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