UFRRJ adota cotas para travestis e transexuais em seus cursos

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) aprovou uma nova política de cotas que reserva 3% das vagas em seus cursos de graduação para pessoas travestis e transexuais. A medida entrará em vigor a partir de 2025 e abrangerá todos os cursos e turnos da instituição.

A decisão foi tomada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UFRRJ em uma sessão marcada por muita emoção da comunidade acadêmica. A professora Joyce Alves, primeira pessoa trans a ocupar uma pró-reitoria na universidade, destacou que a política é fruto de um processo coletivo que envolveu movimentos sociais, estudantes e sindicatos.

"Esta política que aprovamos agora foi construída por muitas mãos, num processo coletivo que envolveu movimentos sociais, grupos organizados de estudantes, sindicatos de professores (Adur) e técnicos (Sintur). Não foi fácil, mas vencemos!", afirmou Joyce.

O reitor Roberto Rodrigues ressaltou que a convivência com a diversidade faz a universidade aprender e que é preciso defender essa inclusão. Estudantes e servidores comemoraram a aprovação da medida, considerada um marco histórico.

Com essa iniciativa, a UFRRJ se torna a 17ª instituição pública de ensino superior no Brasil (11 federais e 4 estaduais) a adotar uma política de cotas específica para pessoas trans e travestis. A deputada estadual Dani Balbi e a ativista Bruna Benevides, da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), participaram do momento da aprovação.

Com informações de Agência Brasil.