Polícia aponta ligação de Deolane Bezerra com o crime organizado

A Polícia Civil localizou uma caderneta contendo anotações relacionadas ao jogo do bicho e apostas on-line, que deram início às investigações contra Deolane Bezerra. A influenciadora está presa na Colônia Feminina Penal de Buíque, em Pernambuco, suspeita de lavagem de dinheiro por práticas de jogos de azar.

O caderno foi apreendido em uma banca de apostas em Pernambuco, que apontou ligações da ex-Fazenda com o crime organizado. Além disso, o item ainda reforçou a participação dela no esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a 'Esportes da Sorte', de acordo com o inquérito.

O crime está ligado diretamente à movimentação financeira da 'Esportes da Sorte', que realizava operações ilícitas em apostas sob o nome de HSF Gaming, registrada em Curaçao, um paraíso fiscal.

Os policiais identificaram que a empresa lavava grandes quantias de dinheiro, através de intermediárias como a Pay Brokers, uma empresa de Curitiba.

Entre elas, Deolane teria recebido, entre novembro de 2022 e maio de 2023, cerca de R$ 3,2 milhões da Pay Brokers. A famosa também adquiriu um Lamborghini Urus, avaliado em R$ 4 milhões. A compra do carro de luxo levantou suspeitas, uma vez que a transação teria sido feita em Pernambuco, embora o veículo só tenha circulado por São Paulo.

A Polícia Civil ainda informou que a mãe de Deolane, Solange Bezerra, fez movimentações suspeitas, de quase R$ 500 mil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, reforçando o envolvimento da família no esquema. A matriarca está detida na Colônia Femina Penal de Recife, desde o dia 4.

Segundo as investigações, as aquisições de bens de luxo, como carros e aeronaves, teriam sido realizadas para dissimular a origem ilícita dos valores milionários, com o objetivo de dificultar o rastreamento das transações pela Justiça. “Me pagam bem”, diz Deolane sobre suposta ligação com o crime organizado.

Deolane Bezerra já foi apontada como alguém que enriqueceu por causa de uma suposta relação com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Advogada criminalista, a influenciadora já esclareceu a ligação com a facção criminosa, na época em que atuava como bacharel em direito. “Eles que têm dinheiro”, justificou, em 2022, para a revista Marie Claire.

“Advogo, sim, para membros de facções, mas para determinados casos. Não sou advogada de um todo, que é ilegal. Se você hoje for advogado criminalista e não advogar para quem é de facção criminosa, você não advoga para ninguém. São eles que têm dinheiro”, disse.

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