Paraná terá novo Planetário de R$ 40 mi; confira as fotos
O planetário contará com um grande saguão, simulação do céu, entre diversas outras atrações
Publicado: 26/08/2024, 15:26
O planetário mais moderno da América Latina será no Paraná. O Governo do Estado assinou nesta segunda-feira (26), contrato com o escritório Nardo Grothge Arquitetos, de Campinas, em São Paulo, para elaboração do projeto do novo planetário do Parque da Ciência Newton Freire Maia, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC).
O escritório foi o vencedor do Concurso Público Nacional de Estudo Preliminar para uma nova estrutura, realizado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Educacional (Fundepar), órgão vinculado à Secretaria da Educação, e com o apoio do Gabinete da Primeira-Dama. O investimento previsto na obra será de R$ 40 milhões.
Como prêmio, os arquitetos Gabriel Grothge Faria e Rita de Cássia Nardo receberam R$ 60 mil pelo primeiro lugar e assinaram um contrato no valor de R$ 338 mil para elaborarem os projetos legais e executivos e o orçamento de referência de arquitetura e engenharia.
O estudo vencedor propõe uma construção sustentável com madeira engenheirada, o que ajuda a sequestrar o carbono da atmosfera e diminui o impacto da construção no meio ambiente. Também garante um visual elegante, estrutura eficiente e redução de custos e resíduos produzidos durante a obra. O estudo prevê a revitalização e o paisagismo da trilha do Rio Canguiri, que fica dentro do Parque da Ciência.
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Com o tema 'Órbita', os arquitetos se inspiraram nos movimentos dos corpos celestes para o desenho do projeto. “Esse é o ponto fundamental, essa ideia de replicar os movimentos do universo e, ao mesmo tempo, utilizar sistemas construtivos do que se tem de mais moderno, mais sustentável e eficiente na construção civil, como a madeira engenheirada”, explica Faria.
O planetário contará com um grande saguão, com espaço para exposições, transformando-se em um local de convivência, além de sala de reuniões, café, auditório e cúpula de projeção, onde será o planetário em si. “É o coração de todo o projeto. A cúpula será em formato circular, fazendo todas as outras alas serem círculos concêntricos em volta dessa cúpula de projeção”, detalha o arquiteto.
O projeto conta também com simulação do céu, possibilitando a projeção de animações, shows, vídeos e outros conteúdos com resolução excepcional, proporcionando uma experiência imersiva de última geração. Para isso, parte dos equipamentos serão adquiridos da empresa alemã Zeiss, referência em soluções de projeção e simulação de planetários. O investimento será feito, a pedido do Governo do Estado, pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
O próximo passo é a finalização do projeto, para então ocorrer a licitação e o início das obras. “Já estamos avançando com reuniões prévias com o Fundepar para fazer os ajustes necessários, mas a ideia geral, a cara principal do planetário vai continuar a mesma. É mais um refinamento que está sendo feito para logo podermos produzir os desenhos para execução”, salienta o arquiteto. “A gente queria que as pessoas sentissem o mesmo que sentimos quando estávamos projetando. Que sintam o universo com toda a sua grandiosidade, tendo uma experiência única e transformadora”, complementa Rita.
Foi o primeiro projeto de nível institucional realizado pela dupla. “Nos interessamos bastante pelo tema, pelo tipo de projeto e decidimos arriscar. Felizmente deu certo”, celebra o arquiteto. “A maioria dos nossos projetos são residenciais, não chega a ter esse porte. Esse é o nosso primeiro projeto para um órgão público, então estamos bem felizes.”
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A diretora-presidente do Fundepar, Eliane Teruel Carmona, destaca que a realização do concurso proporcionou diferentes concepções para a nova estrutura, mas sempre com olhar voltado à sustentabilidade. “Além das necessidades legais de um projeto arquitetônico, como acessibilidade e licenças dos bombeiros, escolhemos um projeto que conversasse com o Parque da Ciência que já existe lá. É um projeto arquitetônico que se preocupou com a parte de meio ambiente, ousado e que contribuirá com a ciência no Paraná”, afirma.
O Parque da Ciência já conta com um planetário, mas de pequeno porte, com uma estrutura menor, porém muito visitado. “Dada a importância de uma estrutura como esta e do próprio parque como o maior espaço de divulgação científica do Estado, nós propomos construir um equipamento maior, mais tecnológico, com maior capacidade de atendimento ao público”, comenta o diretor do parque, Anisio Lasievicz.
PREMIAÇÃO – Além do projeto vencedor, outros dois foram premiados e mais dois certificados. O projeto de Janaina Nichele ficou em segundo lugar e recebeu um prêmio de R$ 25 mil. Em terceiro lugar, com prêmio de R$ 15 mil, ficou Yuri Vasconcelos Sila. Receberam o certificado de menção honrosa os estudos de Mendes e Prevedello Arquitetura e Engenharia, com o quarto lugar, e Bloco B Arquitetura, com a quinta colocação no concurso.
Os trabalhos vencedores foram escolhidos por uma comissão julgadora multidisciplinar, que avaliou nove critérios diferentes: contextualização; implantação; programa de necessidades; organização do conjunto; técnica construtiva; ecoeficiência; conforto e desempenho; flexibilidade; e acessibilidade. Ao todo, mais de 50 profissionais e escritórios inscreveram projetos para o planetário, sendo 19 delas finalistas.
Com informações: Agência Estadual de Notícias.