PR firma acordo com o Japão para intercâmbio de universitários
Objetivo é levar alunos de graduação das universidades estaduais para estágios e fortalecer as colaborações acadêmicas e de pesquisa internacionais de estudantes da pós-graduação
Publicado: 02/07/2024, 10:51
Representantes da Fundação Araucária, Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), assinaram acordos de cooperação para mobilidade acadêmica e de aproveitamento de resíduos com a Universidade Provincial de Kyoto (KPU), no Japão, durante encontro nessa segunda-feira (1º) na Fundação Araucária em Curitiba.
O objetivo é proporcionar o intercâmbio de estudantes de graduação para a realização de estágios acadêmicos e fortalecer as colaborações acadêmicas e de pesquisa internacionais de estudantes da pós-graduação entre o Paraná e Japão, por meio do Programa Ganhando o Mundo da Ciência. O acordo de colaboração tem duração de três anos podendo ser renovado por igual período.
O presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig, ressaltou o esforço que vem sendo feito pela Instituição e pela Seti para fortalecer a relação com o Japão na área de ciência e tecnologia. “Essa assinatura da cooperação entre a Fundação Araucária e a Unioeste com a KPU para nós é muito importante, pois é uma parceria de reciprocidade em que vamos trabalhar conjuntamente, além de oportunizar aos jovens paranaenses a mobilidade por meio do Ganhando o Mundo da Ciência em uma instituição extraordinária como é a Universidade Provincial de Kyoto”, enfatizou.
Para a vice-reitora da Kyoto Prefectural University, Michiyo Yamaguchi, a conexão entre o Brasil e o Japão é muito importante para o avanço conjunto na área de ciência e tecnologia. “A partir de agora vamos desenvolver ainda mais as relações em ciência e tecnologia tanto nas universidades do Paraná quanto da Kyoto Prefectural University. Estamos muito felizes em receber os estudantes paranaenses e, futuramente, podermos também enviar os japoneses para o Paraná”, afirmou.
O secretário da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou a importância da parceria dentro da estratégia de internacionalização do Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. “As condições de cooperação internacional do Paraná hoje, na área de ciência e tecnologia, são muito diferentes de um passado recente. Hoje nós podemos cooperar em condições de reciprocidade com qualquer país do mundo em termos de ciência e tecnologia. E o Japão é um parceiro histórico do Paraná, uma cooperação que nos ajudou a estruturar este robusto sistema que nós temos hoje”, observou.
Nos próximos meses, o Paraná receberá uma delegação de cientistas japoneses que conhecerão o Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I) do Paraná, assim como as universidades estaduais.
Em novembro de 2023, uma delegação paranaense de representantes de instituições de CT&I entre eles a assessora de projetos estratégicos internacionais da Fundação Araucária, Eliane Segati, esteve no Japão conhecendo universidades e institutos de pesquisa a fim de estudar possíveis oportunidades de mobilidade.
“Exploramos muitas oportunidades em diversas áreas do conhecimento que a KPU oferece. Então para a Fundação Araucária é uma grande alegria poder reforçar este compromisso do Estado por meio desta parceria, com o Programa Ganhando o Mundo da Ciência que envolve a mobilidade desde alunos de graduação em nível de iniciação científica, também de mestrado, doutorado e pós-doutorado”, disse.
O Programa Ganhando o Mundo da Ciência envolve sete países. O primeiro acordo foi firmado com a Universidade de Alberta no Canadá, com a mobilidade em todos os níveis, e a Kyoto Prefectural University é a segunda. Essa mobilidade acadêmica vai ocorrer a partir de 2025 com a abertura das inscrições em setembro deste ano.
UNIOESTE – Durante o encontro com a delegação japonesa, nesta segunda-feira (1) também foi assinado um acordo de cooperação com a Unioeste na área de reaproveitamento de resíduos. “Nós estamos estruturando, em Toledo, um grande trabalho na parte de produção por meio do aproveitamento de resíduos que serão transformados em matéria-prima. Então hoje o que é um problema passa a ser um produto. Também estivemos em Kyoto no ano passado visitando os laboratórios japoneses e vimos esta oportunidade de parceria”, ressaltou o reitor da Unioeste, Alexandre Webber.
Responsável por acompanhar os acordos com as instituições paranaenses, o pesquisador e vice-presidente da assessoria internacional da Universidade Provincial de Kyoto, André Cruz, também atua na área de estudos do solo e integrará o grupo de pesquisa junto à Unioeste. “Sabemos que o Paraná e o Brasil são grandes produtores agrícolas e podemos contribuir com parcerias em novas tecnologias que possam aumentar a produtividade e tornar o Paraná ainda mais competitivo. Neste momento, por exemplo, estou desenvolvendo um protocolo de segurança para o uso de adubo orgânico”, comentou.
Além de Curitiba, a delegação japonesa também visitará instituições em Ponta Grossa, Guarapuava, Cascavel, Marechal Cândido Rondon, Toledo e Foz do Iguaçu.
Das Assessorias