Entenda a causa da morte da deputada Amália Barros
A líder política faleceu na noite do último sábado; na Câmara Federal, Amália representava o estado de Mato Grosso
Publicado: 12/05/2024, 12:14
A deputada federal Amália Barros, do PL do Mato Grosso, morreu na noite de sábado (11), em razão de complicações decorrentes de uma cirurgia para a retirada de um nódulo do pâncreas.
A política mato-grossense estava internada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, desde o dia 1º de maio, quando passou pela cirurgia para a retirada do nódulo. Dez dias após a operação, ela foi submetida a um procedimento de radioterapia.
De acordo com pessoas próximas à deputada, o nódulo não era maligno, ou seja, não se tratava de câncer de pâncreas.
SINTOMAS - Os nódulos pancreáticos são lesões anormais que se desenvolvem no órgão. O pâncreas fica localizado na parte superior do abdômen, atrás do estômago, e desempenha um papel importante na digestão e no controle dos níveis de açúcar no sangue.
O pâncreas é responsável pela produção de enzimas digestivas e a secreção de hormônios importantes, como a insulina e o glucagon.
Os sintomas de nódulos pancreáticos costumam ser inespecíficos, como dor abdominal, desconforto, sensação de estômago cheio, perda de apetite ou perda de peso sem explicação. Sinais assim não devem ser desprezados e justificam uma visita ao médico.
VIDA PESSOAL - Amália Barros era vice-presidente do PL Mulher e amiga próxima da ex-primera-dama Michelle Bolsonaro. Ela tinha 39 anos e era casada com o empresário e influenciador Thiago Boava.
A deputada foi eleita pelo Mato Grosso em 2022 com 70.294 votos. Na Câmara, passou pelas comissões da Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, dos Direitos da Mulher, de Comunicação e da Educação.
Nascida em Mogi Mirim (SP), Amália perdeu a visão do olho esquerdo aos 20 anos por conta de uma infecção, a toxoplasmose. Depois de 15 cirurgias, ela precisou remover o olho e usar uma prótese ocular em 2016.
Desde então, passou a adotar o gesto de colocar a mão cobrindo o lado esquerdo do rosto como marca registrada e também se tornou uma ativista pelos direitos das pessoas com visão monocular.
Em 2019, foi protocolado no Congresso Nacional um projeto de lei intitulado “Lei Amália Barros”. O PL conferia a portadores de visão monocular os mesmos direitos e benefícios das pessoas com deficiência. A política, que ainda não era deputada, trabalhou pela aprovação da proposta.
Aprovado na Câmara e no Senado, o texto foi sancionado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL) em março de 2021 e alterou o Estatuto da Pessoa com Deficiência.
As informações são do Metrópoles