Padres Hélio e Martinho estiveram em encontro nacional
O 19º Encontro Nacional de Presbíteros aconteceu em Aparecida (SP), de 24 até essa terça-feira (30)
Publicado: 01/05/2024, 02:30
O 19º Encontro Nacional de Presbíteros, que aconteceu em Aparecida (SP), de 24 até hoje (30), teve a participação dos padres diocesanos Hélio Guimarães, coordenador da Pastoral Presbiteral, e Martinho Hartman, do Serviço de Animação Vocacional. Ao todo, 42 padres do Paraná estiveram no evento, promovido pela Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em parceria com a Comissão Nacional de Presbíteros.
O encontro teve como tema ‘Presbíteros: testemunhas da esperança’ e o lema, ‘Alegres na esperança, perseverantes na tribulação, constantes na oração’, contando com uma programação extensa de reflexões, análises da conjuntura eclesial, celebrações, retiro e outros momentos de fraternidade entre os sacerdotes. Na missa de abertura, celebrada no dia 25, pela manhã, na basílica Santuário, Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da CNBB, recordou as palavras do Cardeal Dom Cláudio Hummes, de que “a Igreja caminha com os pés dos padres”, e que estes são “homens profundamente humanos, com identidade, personalidade, dons, virtudes, humanidade, fragilidades e vulnerabilidade; inteiramente de Deus – não ambíguos ou divididos! Homens de Igreja e dedicados à missão, portadores da alegria que vem da consciência de serem amados e escolhidos pelo Senhor!”.
Dom Jaime prosseguiu lembrando o cardeal ao dizer que ‘como testemunhas da esperança, somos conclamados a sermos cada vez mais ‘homens generosos como o bom samaritano, de fé como o centurião romano, entusiastas como João Batista, capazes de ousar o novo como Paulo, fiéis como Maria de Magdala, espertos e confiáveis nas coisas de Deus, capazes de ver o mundo, Deus, a si mesmos e os demais a partir do ponto de vista de Jesus, com os olhos de Jesus’
Padre Hélio contou que Dom Joel Portella, bispo de Petrópolis, apresentou, ainda no primeiro dia, um panorama bastante instigador através de uma profunda análise da conjuntura eclesial, “ajudando os presbíteros a refletirem sobre o momento que a Igreja está vivendo e o papel do sacerdote neste mundo em constante mudança, a passagem de um mundo que se estruturou em cima da instituição, do grupo, da família, da unicidade, do estático, do aceitar, do integrar, do igualar... e agora se vê diante de uma supervalorização do indivíduo, da pluralidade, do movimento, da mobilidade, do escolher e do diferenciar. Diante disso, faz-se necessário recomeçar sempre a partir de Jesus Cristo, sem dar nada por descontado ou resolvido; sem receitas prontas, mas sempre abertos à escuta, principalmente daqueles que não têm sido escutados, permitindo-lhes uma maior participação na comunidade, para que se promova cada vez mais a Igreja do “ir”, a Igreja em saída”, ressaltou o sacerdote.
Ainda de acordo com padre Hélio, no terceiro dia de encontro, o tema foi desenvolvido pelo padre Humberto Robson de Carvalho, da Arquidiocese de São Paulo, que abordou questões relacionadas à fraternidade presbiteral, bem como à proximidade do sacerdote com o seu povo. “Ele lembrou que, à luz do mistério da encarnação, quando o próprio Deus assumiu a nossa humanidade para salvá-la, A dimensão humana é a base fundamental para o serviço do sacerdote ao povo de Deus: “Antes de sermos padres, somos gente de carne e dente… e é a proximidade que nos humaniza. Somos chamados a cuidar, mas não podemos fazê-lo sem antes nos aproximarmos do outro. O cuidado primeiro vem de Deus e por isso o presbítero precisa assumir o cuidado de si como estilo de vida a exemplo do Bom Pastor. Quem não cuida de si não serve para cuidar dos outros”, citou o coordenador da Pastoral Presbiteral.
“No sábado, os participantes tiveram a graça de viver um frutuoso dia de retiro, conduzido por Dom Cícero Alves de França, bispo auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, que conduziu as meditações a partir do tema ‘Constantes na oração’. Iniciou dizendo que a vida espiritual não é uma vida separada, é a mesma e única vida que temos, a nossa vida de homens-presbíteros, plasmada pelo Espírito, diante de quem a pergunta fundamental a nos fazermos é: ‘a quem pertencemos?’, pois somos chamados constantemente a termos presente onde está o nosso coração – e disso decorre tudo o que fazemos em nosso ministério e missão”, detalhou padre Hélio.
Com informações da assessoria de imprensa.