Dados revelam que 32% das empresas são lideradas por mulheres
Análise com base no PNADC detalha pontos da presença das empreendedoras no contexto negócios
Publicado: 25/04/2024, 05:30
Um em cada três empreendimentos, aproximadamente, são comandados por mulheres. Os dados estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que tem como recorte o quarto trimestre de 2023. Ainda no levantamento, o Paraná conta com 1,648 milhões de empreendedores ou donos de negócios, formais ou informais.
Na divisão por setor, as mulheres estão mais presentes no setor de Serviços (44,2%), seguido por Comércio (18,7%) e Indústria (17,1%). Em relação ao rendimento médio mensal, 60,5% delas recebem até dois salários mínimos. A pesquisa também apresenta que o rendimento feminino é de R$ 2.981,00, menor do que a média masculina de R$ 4.051,00. Outro ponto da pesquisa é a formalização, 47,5% possuem CNPJ, além de que metade das donas de negócio (50,07%) são chefes de seus domicílios.
TERCEIRA IDADE- Foi em novembro de 2023 que Maria Aparecida de Paulo, de 66 anos, formalizou o seu pequeno negócio na área da alimentação na Sala da Mulher Empreendedora de Londrina. Microempreendedora individual (MEI), ela produz e vende tortas salgadas, de sabores variados, sob encomenda e em feiras da cidade. Também tem no cardápio pão de torresmo e rosca de calabresa defumada.
Segundo dona Cida, como é conhecida, o pequeno negócio ajuda a complementar a renda dela e do marido, ambos aposentados com um salário-mínimo. Mas, a empreendedora sonha em ir mais longe, por isso, está sempre em busca de conhecimento.
Ela conta que tem a Sala da Mulher Empreendedora de Londrina como referência. Quando tem dúvidas sobre o negócio, é lá que procura atendimento. É perseverante e, apesar da idade, busca sempre aprender mais. Prova disso é que ela acaba de concluir um curso de gastronomia e de ser convidada para dar uma oficina de tortas na Secretaria da Mulher do município.
“Para mim, é uma conquista, um sonho que eu tinha de ter o meu próprio negócio. Sempre trabalhei para os outros, de empregada, e não tive oportunidade de estudar quando mais nova. Como dizem por aí, não tem idade, tem que ter força de vontade e isso eu tenho bastante”, comemora.
Com informações: assessoria de imprensa.