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Pedágio deve impactar no setor produtivo, dizem entidades

Fiep defende necessidade de soluções para redução de algumas tarifas; Faep alerta para o frete

Tarifas de pedágio começaram a ser cobradas no sábado (23) no Paraná
Tarifas de pedágio começaram a ser cobradas no sábado (23) no Paraná -

Publicado por Luciana Brick

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Os usuários das rodovias paranaenses voltaram a pagar as tarifas do pedágio no último sábado (23) e, muito em breve, poderão sentir o impacto da cobrança na economia. As entidades de classe preveem o impacto no setor produtivo.

Para o técnico do Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar), Nilson Hanke Camargo, a volta da cobrança das tarifas deverá impactar no frete. “Seguramente vamos ter impacto no frete, sem sombra de dúvida aumentará o preço do que até então não havia cobrança, durante dois anos praticamente não houve cobrança de pedágio, então agora com a cobrança teremos certamente um aumento no frete”, afirma.

Ele comenta que, neste momento, não há como prever de quanto será o impacto no bolso do consumidor. “É óbvio que qualquer aumento no frete dá um retorno negativo para a mesa do consumidor; os custos serão diferenciados para cima, isto vai impactar sem dúvida na economia do Estado todo, do país todo, das pessoas de uma forma geral”, observa o técnico.

Por outro lado, ele comenta que a Faep aguardava o retorno do pedágio. “Estávamos esperando por este retorno há algum tempo, pelo menos dois anos, que é o tempo que estamos sem os pedágios. Agora, a gente já falava na época que precisava que fosse tomado providência no governo anterior, inclusive para que não deixasse acontecer o que aconteceu, ou seja, ficamos praticamente dois anos, sem também nenhuma assistência às rodovias. Então a Faep estava aguardando por estes pedágios já há algum tempo”, diz.

Ele reforça que o pedágio precisa ser cobrado porque “em lugar nenhum do mundo se faz pedágio sem cobrança, todos os pedágios são cobrados. É claro que o que a gente espera é que o preço não seja abusivo como era anteriormente”.

Já a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) acompanha com atenção a execução dos contratos de concessão de rodovias no Estado. “Para a Fiep, é fundamental, acima de tudo, que as obras e serviços previstos nas concessões sejam efetivamente executados, a fim de aumentar a segurança e a fluidez do trânsito nas estradas paranaenses”, diz a Fiep, através de nota.

Por outro lado, a Fiep reforça ser necessário buscar meios para que as tarifas de pedágio impactem o mínimo possível para o setor produtivo, especialmente nos principais corredores de escoamento da produção paranaense. Para isto, defende que se busquem soluções, o mais rapidamente possível, para que algumas praças – como a de São José dos Pinhais, entre Curitiba e o litoral – tenham seus valores reduzidos.

Para finalizar, “a Fiep reforça que seguirá vigilante quanto à execução das concessões rodoviárias, defendendo sempre os interesses das indústrias paranaenses e dos usuários das rodovias, cobrando tarifas justas, transparência na gestão dos contratos e a efetiva realização das obras planejadas”.

Início da cobrança das tarifas é marcado por transtornos

Em relação aos transtornos que os usuários estão enfrentando em algumas praças de pedágio da Via Araucária, desde o sábado (23), quando a cobrança das tarifas começou, o técnico do Sistema Federação da Agricultura do Estado do Paraná e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Faep/Senar), Nilson Hanke Camargo, disse que desconhece. “Esses problemas eu desconheço. Eles começaram no dia 23 a fazer as cobranças, até ajustar estas questões todas é questão de tempo. Não vejo problema nenhum nisto”, falou Nilson. A Fiep não se manifestou sobre o assunto.

PROBLEMAS - No sábado (23), os usuários enfrentaram 11 km de filas nas proximidades da praça de pedágio de São Luiz do Purunã. Segundo a Via Araucária, que administra o trecho, o congestionamento foi causado por muitas dúvidas de usuários, uso incorreto de pista automática por alguns usuários sem a tag (adesivo para cobrança automática), além de obras de recuperação de pavimento no km 130 e por um problema pontual com algumas máquinas de cartão. No sábado as cancelas da praça de São Luiz do Purunã foram abertas entre 12h10 e 12h30 e entre 13h30 e 13h40. No domingo (24), em alguns momentos de pico, quando houve alta de pagamentos por cartão, o sistema contratado pela concessionária apresentou lentidão, necessitando de reinicialização, conforme a Via Araucária.

Na praça de pedágio de Carambeí, a EPR Litoral Pioneiro, responsável pelo trecho, registrou situações pontuais na passagem pelas cabines no último fim de semana, porém, garante que já resolveu o problema. Uma cancela automática não estava funcionando corretamente. 

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