'Mesada' era paga para evitar investigações do caso Marielle
Segundo o relatório da Polícia Federal, Delegacia de Homicídios recebia propinas que podiam chegar a R$ 300 mil
Publicado: 25/03/2024, 13:52
O relatório da Polícia Federal (PF) aponta que o delegado Rivaldo Barbosa, preso no domingo (24), interferia na elucidação das investigações do caso Marielle envolvendo bicheiros. Segundo o documento, os pagamentos poderiam chegar a R$ 300 mil por caso, além de um valor mensal que era pago ao grupo.
Em depoimento, Orlando Curicica, um dos investigados - que já estava preso na Penitenciária Federal de Mossoró (RN) depois de uma testemunha procurar a PF e declarar que ele e o ex-vereador Marcello Siciliano eram os mandantes do atentado - contou que existia um sistema de pagamento mensal à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), previsto para que o comando não investigasse os assassinatos.
Além do caso Marielle, ele citou as mortes de Marcos Falcon, presidente da Portela morto a tiros em setembro de 2016; Haylton Carlos Gomes Escafura, assassinado com a mulher em um hotel na Barra da Tijuca em 2017; e Geraldo Antônio Pereira, morto em um tiroteio em uma academia de ginástica no Recreio dos Bandeirantes em 2016; todas as investigações envolvidas no sistema de pagamento de propina.
Com informações: G1