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Rússia classifica movimento LGBT como entidade extremista

Agência tem o poder de congelar contas bancárias de pessoas ou grupos designados como extremistas ou terroristas

Inclusão na lista vem após decisão da Suprema Corte do país
Inclusão na lista vem após decisão da Suprema Corte do país -

Publicado por Rodolpho Bowens

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Rússia acrescentou, nesta sexta-feira (22), o “movimento internacional LGBT” a uma lista de organizações extremistas e terroristas. A inclusão veio em seguida a uma decisão da Suprema Corte do país, de novembro do ano passado, que acatou um pedido do Ministério da Justiça e determinou que os ativistas LGBTQ deveriam ser designados como extremistas.

A agência estatal de notícias RIA informou que a designação se aplica ao “movimento social LGBT e suas unidades estruturais”. A lista é administrada pela agência Rosfinmonitoring, que tem poder para congelar contas bancárias de pessoas ou grupos designados como extremistas ou terroristas.

Até o momento, essa relação contém os nomes de 14 mil pessoas e entidades, incluindo o grupo terrorista Al-Qaeda; a empresa norte-americana Meta, proprietária do Facebook e Instagram; e os apoiadores do líder oposicionista Alexei Navalny, morto em uma prisão russa em fevereiro deste ano.

No início da semana, um tribunal russo ordenou que dois funcionários de um bar gay fossem mantidos em prisão preventiva, acusados de administrarem uma “organização extremista”, sendo este o primeiro caso desse tipo após a decisão da Suprema Corte.

REPRESSÃO - Como parte de uma cruzada liderada pelo presidente russo, Vladimir Putin, em prol do que ele considera valores familiares em oposição à “decadência” dos costumes ocidentais, as autoridades russas adotaram na última década uma série de restrições a expressões referentes a orientação sexual e identidade de gênero.

Moscou vem aumentando a repressão às liberdades civis no país desde o início da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022. Naquele mesmo ano, Moscou proibiu o que chamou de “propaganda gay” entre adultos e tornou ilegal o uso de expressões referentes a “relações sexuais não tradicionais” em público e na mídia. Em 2013, essas expressões haviam sido banidas junto aos menores de 18 anos.

Também em 2022, a Rússia ampliou as restrições aos chamados “agentes estrangeiros”, o que tornou mais fácil para o governo fechar o cerco contra ONGs e portais de internet que recebem qualquer tipo de apoio vindo do exterior.

No ano passado, a Rússia baniu as cirurgias de redesignação sexual. O presidente da Duma (Parlamento russo) qualificou essa prática como “o caminho para a degeneração”.

Desde o recrudescimento da repressão na Rússia, veículos independentes de imprensa, como o jornal Novaya Gazeta e o portal Medusa, foram fechados pelas autoridades ou forçados ao exílio.

Com informações: Metrópoles.

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