Portugal vai às urnas em eleição que ocorre dois anos antes do previsto

Os eleitores portugueses foram às urnas para participar de uma eleição que acontece dois anos antes do previsto neste domingo (10). O pleito ocorre após a renúncia do primeiro-ministro António Costa no ano passado e mais de 10 milhões de pessoas estão aptas a votar.

Os eleitores tiveram a escolha entre mudar para um governo de centro-direita ou manter a centro-esquerda no poder. No entanto, nenhum dos lados parece ter um caminho claro para obter uma maioria total no parlamento.

Um partido que ganhou destaque durante a campanha foi o Chega, de direita, que tem crescido em influência e poderia desempenhar um papel nas negociações pós-eleições. As principais questões discutidas durante a campanha incluem a crise habitacional, baixos salários, falta de saúde e corrupção, que são vistos por muitos como endêmicos nos principais partidos. As mesas de voto abriram às 8h do horário local e fecharam às 19h em Portugal continental, e uma hora mais tarde no arquipélago dos Açores. Os resultados são esperados por volta da meia-noite.

Esta eleição antecipada ocorre quatro meses após a demissão repentina do primeiro-ministro socialista António Costa, em meio a uma investigação de corrupção. Os dois partidos centristas - o Partido Socialista (PS) e o Partido Social-Democrata (PSD) - que se alternaram no poder desde o fim de uma ditadura fascista há cinco décadas estão novamente em confronto.

O partido de direita Aliança Democrática (AD) lidera a maioria das pesquisas de opinião, mas pode enfrentar dificuldades para governar sem os votos de apoio do Chega. Por outro lado, o PS governante, agora liderado por Pedro Nuno Santos, poderia tentar uma repetição de suas antigas alianças com o Bloco de Esquerda e os Comunistas.

As pesquisas sugerem que o apoio ao partido Chega, que tem uma mensagem anti-establishment, tem aumentado desde a última eleição em 2022, mas permanece em terceiro lugar.

Com informações de CNNBrasil