Doença sem tratamento da Amazônia tem casos confirmados no PR

A Secretaria Estadual de Saúde do Paraná divulgou nesta sexta-feira (01) que cinco pacientes foram confirmados com infecção por Febre Oropouche, sendo três moradores do estado e dois pacientes vindos do Acre e Amazonas. Todos os casos ocorreram na região Norte do país. A Febre Oropouche é causada por um arbovírus e não possui tratamento específico.

Os pacientes devem permanecer em repouso e ter acompanhamento médico. Para aliviar os sintomas, que são semelhantes aos da dengue, como febre, dor de cabeça, dor nas costas e nas articulações, podem ser prescritos analgésicos e antitérmicos comuns. Além disso, podem ocorrer tontura, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos. A duração dos sintomas varia de dois a sete dias, e em alguns casos, pode ocorrer encefalite.

A transmissão da doença ocorre pela picada de mosquitos, principalmente pelo Culicoides paraensis, conhecido como maruim. Esses mosquitos se proliferam em ambientes úmidos, como áreas próximas a mangues, lagos, brejos e rios, especialmente durante períodos de calor. No entanto, eles também podem se adaptar ao ambiente urbano, e os pernilongos podem ser vetores de transmissão da doença.

Surtos da Febre Oropouche são registrados na região amazônica desde a década de 1970. No Amazonas, houve um aumento da transmissão nos primeiros meses deste ano, resultando em um alerta epidemiológico. Até o último boletim da Secretaria de Saúde do Amazonas, foram confirmados 1.674 casos da doença, com um total de 995 casos em 2023. Além disso, os estados do Acre e Rondônia também registraram surtos da doença.

Com informações de RIC.