Presidente do STF ministra palestra para estudantes
Alunos do ensino médio acompanharam a fala do ministro Luís Roberto Barroso, que discorreu sobre a vida, o Brasil e as mudanças pelas quais passa a sociedade
Publicado: 01/03/2024, 16:29
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, realizou uma palestra motivacional para estudantes do Colégio Estadual do Paraná, em Curitiba, nesta sexta-feira (1). Cerca de 100 estudantes do terceiro ano do ensino médio acompanharam a fala do ministro, que discorreu sobre sua trajetória, os cenários brasileiro e mundial e também sobre valores.
Com o tema “Como fazer a diferença para si próprio, para o Brasil e para o mundo”, Barroso contou aos estudantes um pouco de sua trajetória pessoal e profissional, desde a infância, vivida na cidade de Vassouras-RJ, até chegar à capital fluminense, cursar Direito e, em 2013, tornar-se ministro da mais alta corte do País.
“Quase sempre que eu vou a algum estado para um encontro institucional, eu tenho procurado ir a alguma escola pública e conversar com os jovens do ensino básico, fundamental e médio para falar sobre a vida, sobre o conhecimento, sobre valores, sobre o mundo em que nós estamos vivendo e as preocupações que a gente tem que ter”, destacou o ministro.
“É uma forma de eu aprender, lidando com os jovens e entendendo o que os motiva, as preocupações da vida atual. É também uma forma de eu compartilhar um pouco da experiência, do conhecimento que eu acumulei ao longo da vida e ajudar um pouco nas escolhas dos caminhos que eles vão percorrer”, explicou Barroso.
O diretor-geral da Secretaria de Estado da Educação, João Luiz Giona Junior, afirmou que a palestra contribuiu para a formação dos estudantes, muitos deles prestes a fazerem provas de vestibular e iniciarem a vida adulta. “É uma honra receber o ministro Barroso aqui no Colégio Estadual do Paraná. Não foi uma palestra jurídica, foi uma palestra motivacional. É o presidente da mais alta corte judiciária do País com uma palestra muito inspiradora para os alunos”, ressaltou.
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O ministro trouxe temas importantes de atualidade, como a 4ª Revolução Industrial, a popularização da tecnologia, o uso da inteligência artificial e do machine learning; o fortalecimento da democracia no mundo, frente a guerras na Ucrânia e Faixa de Gaza; além das mudanças climáticas, com o Brasil tendo, segundo o ministro, um dos maiores potenciais para liderar o movimento para redução do aquecimento global, devido às suas florestas, em especial a Amazônica.
Nesse sentido, o Paraná tem contribuído para a preservação ambiental e redução da emissão de Gases de Efeito Estufa. No dia 19 de fevereiro, o Instituto Água e Terra (IAT) divulgou um relatório que aponta que o Estado reduziu em 71,5% a supressão ilegal da Mata Atlântica em 2023. Além disso, o Paraná também foi eleito por três vezes como o Estado mais sustentável do Brasil, de acordo com o Ranking de Competitividade dos Estados.
O presidente do STF também parabenizou professores e alunos pelo fato de o Paraná ter o maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do País no ensino médio. “Fico muito feliz de saber que o Paraná tem o maior Ideb do País. Eu considero que a educação é a maior prioridade do Brasil, porque a deficiência na educação faz vidas menos iluminadas, trabalhadores menos produtivos, elites menos preparadas. Temos que transformar a educação não numa prioridade retórica, mas em uma prioridade real”, finalizou.
Aluna do 3º ano, Caroline Reis destacou a democracia como ponto-chave da fala do ministro. “Eu achei extremamente importante ele reforçar a necessidade da democracia, porque nós alunos muitas vezes não temos muito contato com a política e ter uma figura como ele, tão importante, reforça que sim, nós podemos alcançar e chegar aonde ele chegou”, afirmou.
Para Arthur Cavalari, também do 3º ano, valores como a empatia e respeito ao próximo, trazidos pelo ministro, são fundamentais para uma sociedade mais justa. “Ele fala muito sobre a questão da empatia. É muito importante ressaltar essa fala, porque sem empatia, de fato, não se pode construir uma sociedade onde a democracia seja valorizada”, concluiu.
As informações são da AEN