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Paraná registra queda de óbitos por aids; confira os números

Apesar da redução, houve aumento de casos entre pretos e pardos, representando mais da metade das ocorrências desde 2015

As informações são do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde
As informações são do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde -

Da Redação

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Nos últimos dez anos, o Paraná registrou queda de 31,3% no coeficiente de mortalidade por aids, que passou de 5,1 para 3,5 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o estado registrou 547 óbitos tendo o HIV ou a aids como causa básica, 12,48% menos do que os 628 óbitos registrados em 2012. Entre as capitais do país, Curitiba registrou 6,9 mortes para cada 100 mil habitantes no ano passado – número superior à taxa nacional. As informações são do novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/aids apresentado pelo Ministério da Saúde, que também aponta taxa de detecção de aids no Paraná de 15,7 casos por 100 mil habitantes. Curitiba detectou 23,5 casos.

Em relação à detecção do HIV, em 2022, o documento mostra que foram notificados 43.403 casos em todo o país, sendo 6.900 no Sul e 2.039 no Paraná. A taxa de gestantes infectadas pelo HIV na capital paranaense é de 3,2 (casos por mil nascidos vivos). O diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão vertical do vírus.

CENÁRIO NACIONAL - A queda no coeficiente de mortalidade por aids na última década foi identificada a nível nacional, passando de 5,5 para 4,1 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 10.994 óbitos tendo o HIV ou aids como causa básica, 8,5% menos do que os 12.019 óbitos registrados em 2012. Apesar da redução, cerca de 30 pessoas morreram de aids por dia no ano passado.

PREVENÇÃO E CONSCIENTIZAÇÃO - Uma das formas de se prevenir contra o HIV é fazendo uso da PrEP, método que consiste em tomar comprimidos antes da relação sexual, que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar um possível contato com o vírus No mês dedicado à mobilização nacional de luta contra o HIV, a aids e outras infecções sexualmente transmissíveis – Dezembro Vermelho – o Ministério da Saúde lançou na TV aberta, nas redes sociais e em locais de grande circulação de pessoas a nova campanha de conscientização com o tema “Existem vários jeitos de amar e vários de se proteger do HIV”, reiterando a importância do cuidado.

AÇÕES - Estima-se que, atualmente, um milhão de pessoas vivam com HIV no Brasil, mas apenas 900 mil conhecem seu diagnóstico. Isso significa que aproximadamente 100 mil pessoas ainda precisam ser diagnosticadas para que, então, iniciem tratamento. Para ampliar essa linha de cuidado, o Ministério da Saúde garantiu, em 2023, R$ 27 milhões para a compra de quatro milhões de unidades de um teste rápido que detecta, simultaneamente, sífilis e HIV. A inclusão do teste inédito no Sistema Único de Saúde (SUS) fortalece o rastreio e dá mais agilidade ao tratamento para a população. 

Outro importante anúncio do governo federal neste ano foi a diminuição da quantidade de comprimidos ingeridos diariamente para as pessoas que vivem com o vírus. Em vez de dois, será um. O medicamento combina dois antirretrovirais, ambos fornecidos pelo SUS: lamivudina e dolutegravir. O remédio facilita a vida do usuário, evita efeitos colaterais e mantém a carga viral controlada. A troca desse esquema terapêutico será realizada de forma gradual.

Com informações: Ministério da Saúde.

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