Governador do AM quer cobrar da Amazon pelo uso do nome
Em entrevista, ele afirmou que a Amazon ganha dinheiro com a região amazônica, sem que o estado ganhe algo em troca
Publicado: 01/12/2023, 12:15
O Governador do Amazonas, Wilson Lima, expressou seu desejo de cobrar da empresa norte-americana Amazon pelo uso do nome que, segundo ele, faz referência direta à região amazônica. Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 28), que teve início nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o governador planeja se reunir com representantes da Amazon para discutir uma possível parceria e trazer à tona essa questão.
Em entrevista, Lima destacou a utilização do nome "Amazon" pela empresa de comércio eletrônico e questionou os benefícios gerados para o estado do Amazonas. "A Amazon usa o nome do Amazonas, usa o nome da Amazônia. Quanto é que a gente ganha por isso? A gente quer saber", afirmou o governador. A decisão da nome da Amazon, no entanto, não tem haver com o estado brasileiro mas sim com uma lógica usada por Jeff Bezos, fundador da empresa.
Segundo defende ele, o objetivo era conseguir um nome que fosse mostrado por primeiro nos mecanismo de buscas como Google e Yahoo. Foi quando ele começou a olhar o dicionário que encontrou o termo 'Amazon' (Amazonas) e o associou ao maior rio do planeta, o Rio Amazonas. Essa escolha de nome não teve intenção direta de se apropriar da região amazônica, segundo reportagem publicada no 'Business Insider'.
A comitiva do Amazonas viajou para a COP 28 levando como proposta o projeto "Amazonas 2030", que visa à comercialização de créditos de carbono e à redução do desmatamento líquido zero até 2030. O objetivo do governo estadual do Amazonas é arrecadar R$ 1 bilhão em 2024 com a venda de créditos de carbono gerados a partir de reduções de emissões entre 2006 e 2015. Esses recursos serão utilizados para financiar as propostas apresentadas na conferência.
Durante sua participação na COP 28, o governador Wilson Lima também está programado para participar de debates, painéis e encontros com representantes de instituições como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Além disso, ele terá reuniões com a Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF) e com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.