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Coluna MSN: Visitar Brasília é conhecer o Brasil como um todo

Há um ar popular em Brasília que me agrada cada vez mais

Miguel Sanches Neto é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa
Miguel Sanches Neto é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa -

Da Redação

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Venho a Brasília desde o final dos anos 90, sempre a trabalho. No começo, era atacado por um desejo de voltar imediatamente. O fluxo de pessoas do país todo, as estadias em hotel, as idas aos mesmos restaurantes, no Setor Hoteleiro Norte ou Sul. Vi hotéis morrerem e outros surgirem. E guardo uma recordação muito agradável dos dias no Hotel Nacional, ícone da hospedagem raiz da cidade.

Corri muitas vezes, nas manhãs, pela maior concentração de edifícios modernistas do mundo, deslumbrado com a beleza econômica das linhas arquitetônicas. Mas também gosto do baixo comércio da cidade, onde gravatas são um item muito comum. Na área da gastronomia, o pastel com garapa da Pastelaria Viçosa, na rodoviária. Um clássico. Outro: o quibe no Bar Beirute, frequentado pela intelectualidade, entre eles Renato Russo. Agora, tenho ido com mais frequência ao Libanus, com suas mesas na grama.

Há um ar popular em Brasília que me agrada cada vez mais nestas viagens rápidas, de agendas concentradas nas terças e nas quartas, alta temporada da semana aqui, de onde batuco esta crônica, no intervalo de uma agenda e outra. Com o tempo, fui garrando gosto destas viagens profissionais, em busca de recursos para a universidade. 

Brasília tem muitos códigos, que eu não domino, logicamente, mas já conseguimos nos comunicar razoavelmente bem. Evito restaurantes e lugares chiques e agora tenho evitado os hotéis, para ficar em flats alugados por aplicativos. Além de ser mais baratas, em uma cidade em que tudo é caro, estas alterativas permitem viver melhor a cidade. Agora, me afastei mais da área central e fiquei em um apartamentinho em um conjunto comercial, o que é muito comum aqui.

Para aproveitar melhor as madrugadas, alugo bicicletas da Tembici para passeios por áreas arborizadas, boques, edifícios institucionais. Nesta manhã de terça, o professor Carlos Williams Jaques Morais e eu fizemos 23 quilômetros, passando por mangueiras carregadas, por pistas sob as árvores, ao lado dos edifícios residenciais, que são baixos e compridos. Lembram um pouco as construções comunistas do Leste Europeu, mas com muita natureza, com muitos espaços livres, com muita gente se exercitando.

Brasília me conquistou.

O autor é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. No Instagram: @sanchesnetomiguel; no Facebook: https://pt-br.facebook.com/miguelsanchesneto/; no Twitter: @miguelsanchesnt.

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