Equador decreta estado de exceção, mas mantém eleição
Decisão foi tomada pelo gabinete de segurança do presidente Guilhermo Lasso, após morte do candidato Fernando Villavicencio
Publicado: 10/08/2023, 07:16
Após o assassinato do candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio, na noite de quarta-feira (9), o governo decretou estado de exceção por 60 dias, mas manteve as eleições, previstas para ocorrer daqui a 10 dias, no domingo (20/8). O anúncio foi feito em pronunciamento do presidente Guillermo Lasso, durante a madrugada desta quinta-feira (10).
No pronunciamento, Lasso afirmou que as Forças Armadas equatorianas foram acionadas para garantir a segurança das eleições. Isso fará com que as forças equatorianas sejam deslocadas para todo o território nacional pelo prazo de 60 dias. “Aplicaremos todo o rigor da lei para que os responsáveis materiais e intelectuais paguem com a pena máxima”, afirmou.
Ele também advertiu que o governo não descarta que a ação tivesse intuito de sabotar a realização das eleições. Deixou, também, um recado ao crime organizado:
“Aqueles que buscam amedrontar o Estado, (saibam que) não vamos retroceder. O Estado está firme e a democracia não estremece diante da brutalidade deste assassinato. Não vamos entregar o poder e as instituições democráticas ao crime organizado, ainda que esteja disfarçado de organizações políticas”, assegurou.
Horas antes do discurso em rede nacional, ele havia anunciado, por meio das redes sociais, que o gabinete de segurança iria se reunir para dar uma resposta ao crime.
“O crime organizado chegou muito longe, mas o peso da lei vai cair neles”, escreveu. O governo também decretou luto de três dias pela morte de Villavencio.