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Grupo Potencial investe R$ 1,7 bilhão para produção de biodiesel no PR

Ratinho Junior disse que o empreendimento consolida o Paraná como maior produtor de energia limpa

Nova unidade de esmagamento de soja do grupo paranaense fica na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba
Nova unidade de esmagamento de soja do grupo paranaense fica na Lapa, na Região Metropolitana de Curitiba -

Da Redação

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O governador Carlos Massa Ratinho Junior participou nesta sexta-feira (30), na Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, do lançamento da pedra fundamental da indústria de esmagadora de soja do Grupo Potencial. A primeira fase da obra vai receber R$ 1,7 bilhão em investimentos para ampliar a produção de biodiesel, com a expectativa de gerar cerca de 250 postos de trabalho diretos e até 3 mil indiretos. O vice-presidente Geraldo Alckmin também acompanhou a solenidade.

O mercado de industrialização de soja é a nova frente de negócio do Grupo Potencial, que atua no setor de combustíveis, energia e transportes e é um dos principais produtores de biodiesel do País. A previsão é que a nova planta seja concluída em 18 meses a partir do início da construção, podendo levar até 24 meses se for considerado o prazo de negociações comerciais.

Ratinho Junior destacou que o novo empreendimento do grupo paranaense confirma o bom momento do Estado na atração de investimentos privados, o que se reflete no crescimento econômico e na geração de empregos. O PIB do Paraná aumentou 9,16% no primeiro trimestre do ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. Além disso, entre janeiro e maio, foram abertas 62,9 mil vagas de emprego com carteira assinada, o melhor resultado da região Sul e o quarto melhor do País.

“Com a visão estratégica do nosso governo, de aliar produtividade, crescimento industrial e desenvolvimento econômico com a proteção ao meio ambiente, o Paraná se destaca no cenário nacional e internacional”, disse o governador. “O Estado é um dos principais produtores de energia limpa do Brasil. E essa planta do Grupo Potencial consolida esse cenário, pois vai ampliar a produção de biocombustível, o que é essencial para reduzir as emissões de carbono na atmosfera”.

Com essa visão e também com importantes investimentos em infraestrutura, o Estado tem avançado e se tornou a quarta maior economia brasileira, destacou o governador. “Temos uma cadeia produtiva muito bem organizada, mas também um poder público que tem uma visão estratégica e compromisso com o desenvolvimento econômico sustentável”, disse.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, que é também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, destacou que a indústria de biocombustíveis é estratégica para o projeto de desenvolvimento econômico do País, principalmente em um momento em que é necessário reduzir as emissões de carbono. “O Brasil pode ser protagonista do mundo em sustentabilidade, e o Paraná é um exemplo disso”, afirmou.

Ele explicou que, neste ano, o Pais elevou para 12% a mistura obrigatória de biodiesel ao diesel vendido no Brasil, o que amplia a demanda por biocombustíveis. “Somente com esse aumento, vamos deixar de importar 1 bilhão de litros de diesel no ano, sendo trocado por biodiesel”, disse. “Isso também ajuda na questão das mudanças climáticas. A descarbonização é uma exigência do nosso tempo, e o Brasil tem uma oportunidade fantástica nesse sentido”.

POTENCIAL 

A esmagadora de soja será construída no Complexo Industrial do Grupo Potencial, na Lapa, junto à usina de biodiesel da companhia, que é a maior do Brasil e a terceira maior do mundo. Já foi iniciado o processo de terraplanagem do terreno e a expectativa é que a construção da planta inicie nos próximos meses.

Este é o maior investimento dos próximos anos do grupo, que se projeta para se tornar um dos líderes mundiais do setor de esmagamento. A planta terá capacidade de processar cerca de 3,5 mil toneladas de soja por dia, ou 1,15 milhão de toneladas por ano a partir de 2025.

“O mercado de industrialização de soja é uma frente de negócios nova para o Grupo Potencial, assim como aconteceu com o biodiesel, que iniciamos a produção em 2012. Mas temos confiança no nosso projeto e ele tem muito potencial para estar nas primeiras colocações no mercado nos próximos anos”, destacou o presidente do Grupo Potencial, Arnoldo Hammerschmidt.

Serão construídos dois silos para armazenamento de soja, com capacidade de 150 mil toneladas cada, e outro silo, com capacidade de 100 mil toneladas, para armazenar o farelo, um dos resíduos da extração do óleo, que pode ser utilizado na produção de ração e outros produtos e será comercializado nos mercados interno e externo.

O projeto prevê, ainda, a construção de um terminal ferroviário para ligar a planta industrial com a linha férrea que vai até o Porto de Paranaguá.

PRESENÇAS

Participaram da solenidade os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviço, Ricardo Barros; e da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; os presidentes da Sanepar, Claudio Stabile, e da Compagas, Rafael Lamastra; o senador Flávio Arns; os deputados federais Alceu Moreira, presidente da Frente Parlamentar Mista do Biodiesel, Gleisi Hoffmann, Beto Richa e Paulo Litro; e os deputados estaduais Hussein Bakri, Luís Corti e Ana Júlia.

Com informações da Agência Estadual de Notícias

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