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Trabalhadores em situação de escravidão são resgatados no PR

Homens foram resgatados nas cidades de Prudentópolis e Londrina; em um dos casos, trabalhador era deficiente auditivo

Instalações dos trabalhadores eram insalubres
Instalações dos trabalhadores eram insalubres -

Da Redação

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O Ministério Público do Trabalho no Paraná (MPT-PR) concluiu, na última quinta-feira (22), uma operação que resgatou dois trabalhadores em condições análogas à escravidão no Paraná. A ação foi realizada pela Divisão de Fiscalização Para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae) do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), e também contou com a participação da Defensoria Pública da União e Polícia Federal. 

As diligências aconteceram em Prudentópolis, Munhoz de Mello e Londrina, para fiscalização de denúncias sobre a exploração de trabalhadores em zonas rurais desses municípios paranaenses. Enquanto não foram verificadas irregularidades em Munhoz de Mello, um trabalhador rural foi resgatado em Prudentópolis e outro em Londrina. 

O trabalhador resgatado no município de Londrina tem deficiência auditiva e não recebia salário há 30 anos por suas atividades na produção artesanal de vassouras. Em Prudentópolis, a vítima era um idoso que há mais de 15 anos não recebia remuneração por seu trabalho na criação de gado e no cultivo de fumo. Nos locais dos resgates, foram verificadas condições degradantes de trabalho e de alojamento, além de diversas outras irregularidades trabalhistas, como a falta de Equipamentos de Proteção Individual. 

O MPT e a DPU celebraram acordo com o empregador do município de Londrina para pagamento das verbas trabalhistas devidas à vítima. Em relação ao empregador de Prudentópolis, não houve acordo, e haverá sua responsabilização trabalhista em ação judicial, na qual será postulado o pagamento de todas as verbas trabalhistas devidas, além de indenização ao trabalhador e por danos morais coletivos. 

O relatório da fiscalização realizada também será encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal para investigar o crime de redução de trabalhadores em condições análogas às de escravo. 

As informações são de assessoria

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