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Coluna MSN: Estilhaços

“Com quantos aforismos se faz uma crônica?”

Miguel Sanches Neto é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa
Miguel Sanches Neto é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa -

Da Redação

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1.

Visitar a mãe é tentar um retorno ao único país de onde você não deveríamos ter saído.

2.

Morreu por falta de tempo para viver.

3.

"Aceitava o trabalho como um duro destino dos homens [e das mulheres]. Se todos os homens o aceitassem, no mundo haveria justiça", Cesare Pavese, em Trabalhar Cansa.

4.

Anotar a vida em diários é aproveitar o sabor de cada momento.

5.

Nunca terminamos de percorrer a cidade onde passamos nossa juventude. Cada rua de Peabiru é uma linha de minhas narrativas, uma paisagem literária, uma promessa de memória e imaginação.

6.

“Os carros de boi são puxados por três juntas. Pensei em escrever um poema que falasse do boi de coice e do de cambão. Os de cambão são os que puxam o carro, os de coice são os que freiam” - disse João Cabral de Melo Neto sobre os poetas, mas vale também para gestores.

7.

"Tornamo-nos moralistas assim que somos infelizes", Marcel Proust, em À Sombra das Moças em Flor.

8.

Agora as obras literárias já nascem sem posteridade.

9.

"A quantidade enorme de dinheiro que custa ser pobre", César Vallejo, em Poemas Humanos.

10.

Em tempos de modernidade líquida a literatura se fez diarreica.

11.

O quarto vazio de minha filha é um canto desabitado em mim.

12.

Fernando Pessoa revisited: As fake news são o nada que é tudo.

13.

As grandes leituras feitas ao longo da vida nos afastam para sempre dos modismos.

14.

"Hoje gosto da vida muito menos, mas assim mesmo gosto de viver". César Vallejo de novo.

15.

Quando colocar na estante os livros lidos na praia, eles ainda guardarão um pouco de sol entre suas páginas.

16.

Um livro só deveria ser tocado por dedos cuidadosos e pela leveza dos lápis.

17.

PIROMANIA NAZISTA: Quem queima livros quer é queimar indivíduos.

18.

O que fica do tempo maravilhoso da leitura é o mesmo que fica do tempo maravilhoso do amor: não sentir a passagem do tempo.

O autor é escritor e reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa. No Instagram: @sanchesnetomiguel; no Facebook: https://pt-br.facebook.com/miguelsanchesneto/; no Twitter: @miguelsanchesnt

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