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Frentista que ateou fogo em cliente se arrepende de ato

Em depoimento, Paulo Esperançeta contou que o crime aconteceu por uma discussão entre ele e Caio, por conta de uma chave do carro do homem

Ele saiu e eu achei que ele ia vir pra cima de mim", disse o frentista
Ele saiu e eu achei que ele ia vir pra cima de mim", disse o frentista -

Da Redação

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“Se pudesse voltar atrás eu não tinha feito aquilo”. Essa frase foi dita por Paulo Sérgio Esperançeta, frentista que incendiou Caio Lopes dos Santos em um posto de combustíveis do bairro Pilarzinho em Curitiba. Ele foi preso nesta quarta-feira (22), através de um mandado de prisão preventiva. A vítima continua internada e passou por um procedimento cirúrgico para possibilitar a regeneração da pele.

A reportagem da Rádio Banda B teve acesso ao depoimento de Paulo à Polícia Civil antes de ser preso. Ele contou que o crime aconteceu por uma discussão entre ele e Caio, por conta de uma chave do carro do homem. Paulo diz que a chave já estava quebrada quando foi abastecer o tanque do veículo.

“Ele veio, encostou o carro, pediu para eu por R$ 10. Precisava da chave, pedi a chave, ele entrou no carro, tirou a chave e me deu. Como eu sei que a da ignição não é a mesma que estava no tanque, não percebi que estava quebrada”.

O frentista contou que entregou a chave para o motorista e ele mesmo foi cobrar dele o valor devido. Após o pagamento, Paulo já estava atendendo outro cliente quando Caio voltou e houve a discussão.

“Entreguei o cartão dele, ele já estava com a chave na mão que eu tinha entregue, ele foi para o carro e eu fiquei atendendo os outros clientes. No que eu estava saindo, ele veio ao meu encontro perguntando se eu quebrei a chave e eu disse que não porque eu não tinha usado a chave para abrir o tanque”. 

Segundo o frentista, durante a discussão, ele chegou a dizer ao motorista que se ele tivesse quebrado, achariam a outra parte da chave por ali e ele mandava arrumar.

“Mandávamos arrumar e depois resolviamos, descontávamos do meu salário se fosse o caso. Ele tentou ligar o carro, não conseguiu, falou que tinha sido eu que quebrei e falou “foi você, seu filho da puta”, aí como estou passando por problemas, meio que acumulou as coisas, mas se pudesse voltar atrás eu não tinha feito aquilo”. 

Paulo disse que, antes de jogar gasolina no homem e atear fogo, os dois discutiram cada um de um lado de um carro. Ele achou que o cliente iria para cima dele, por isso reagiu. “Ele saiu e eu achei que ele ia vir pra cima de mim, foi nessa hora que eu armei a bomba e espirrei”. 

Depois que o fogo foi contido por outro frentista, ele disse que Caio foi para cima dele novamente e ele achou que apanharia, por isso lhe deu soco. Logo em seguida, Paulo fugiu do local. “Eu ‘evadi’ do local. Nessas horas você procura a mãe. Fui para a casa da minha mãe”, disse.

Prisão preventiva

No dia do depoimento, Paulo saiu da delegacia normalmente. Mas a Justiça determinou sua prisão e ele acabou sendo detido. De acordo com a delegada Magda Hofstaetter, responsável pela investigação, a prisão agora não tem prazo.

“O inquérito será concluído nos próximos dias e encaminhado à Justiça. Ele já foi encaminhado ao Departamento Penitenciário”, informou a delegada.

Segundo a advogada Celma Karine Cavali Castro, que defende Paulo, o frentista não estava foragido no momento em que foi preso. “O pedido de prisão preventiva foi protocolado no dia 20/03/2023, mesma data em que Paulo se apresentou à autoridade policial, porém tal informação, o de sua apresentação espontânea não foi comunicada nos autos de medida cautelar. Assim o Ministério Público e o doutor magistrado que analisou o pedido acreditaram que o mesmo se encontrava foragido”. 

A advogada disse que Paulo já sabia da possibilidade de ser preso e, por isso, tinha fornecido, fora dos autos, o endereço onde poderia ser encontrado pela polícia, além do contato de telefone. 

“Recebeu uma ligação da delegada, a qual solicitou que o mesmo fosse ao seu encontro, e Paulo, que nunca teve qualquer intenção de furtar da aplicação penal, foi até o encontro da autoridade policial, acompanhado de seu padrasto”. 

A defesa ainda aguarda a audiência de custódia e reforça que Paulo irá colaborar com as investigações.

As informações são da Rádio Banda B

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