Bloqueio da BR-277 leva caos ao setor do transporte de cargas | aRede
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Bloqueio da BR-277 leva caos ao setor do transporte de cargas

Fetranspar estuda entrar com medidas judiciais perante aos órgãos responsáveis pela gestão da rodovia

A BR-277 principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva
A BR-277 principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva -

Da Redação

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Após a notícia de que a BR-277, principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva, ocasionando graves rachaduras no asfalto no km 33, o Sistema Festranspar que compõe um dos principais segmentos do setor produtivo, o de transporte de cargas rodoviário, afirma que já estuda entrar com medidas judiciais perante aos órgãos responsáveis pela gestão da rodovia.

“Já tentamos de tudo e pouquíssimo foi feito nesses últimos meses. Lá atrás, ainda no primeiro semestre de 2021, já havíamos alertado o Estado do Paraná de que ‘acabar com o pedágio seria um tiro no pé’, e que a melhor saída era um ‘pedágio de manutenção’, até que novas concessões assumissem o trecho. Mas, o governo em sua teimosia não nos ouviu e agora está acontecendo o que temíamos, enfrentar caos nas estradas rumo a um dos principais portos do País”, diz o presidente do Sistema Fetranspar, Coronel Sérgio Malucelli.

O representante do setor afirma que a Federação já acionou a sua equipe jurídica para verificar formas legais de cobrar judicialmente os órgãos competentes. “Não vemos mais outra alternativa. Somente o bloqueio no km 42 que já completa 5 meses deixa prejuízos de mais de R$100 milhões para o setor. Onde iremos parar se a todo instante novas pontos ficarem impraticáveis de circulação?”, questiona.

Principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva
Principal ligação ao Porto de Paranaguá está bloqueada por falta de manutenção preventiva |  Foto: Da Redação
  

Para a Federação, os órgãos responsáveis pela BR-277 bem como o Governo Estadual estão agindo em ações corretivas na estrada e não nas preventivas. “Isso precisa mudar, os responsáveis precisam se ater aos problemas que podem ocorrer em uma rodovia e não ficar correndo atrás do prejuízo, ou melhor ficar jogando o prejuízo para o setor produtivo”, critica Malucelli.

Segundo o presidente da entidade, a preocupação com a falta de monitoramento das estradas é grande no setor. “Com a notícia de hoje, desta fissura, nos abrem algumas outras perguntas como: e as dezenas de pontes de viadutos que temos na Serra do Mar, como elas estão em sua infraestrutura? Estão sendo monitoradas? Quando havia a iniciativa privada administrando esse era um dos papeis da empresa responsável pelo trecho”,  lembra o presidente.

A BR-277 tem inúmeras pontes e viadutos, entre eles as grandes estruturas na Serra do Mar como o Viaduto Caruru, Viaduto Morro Alto e Viadutos dos Padres. São obras de arte antigas, construídas para receber tipos de tráfego que não condizem como os de hoje, e por isso precisam de monitoramento.  

“Vamos cobrar das autoridades um resposta a quantas andam esse trabalho preventivo nessas importantes pontes da Serra do Mar, para que no futuro novamente não sejamos surpreendidos com notícias de novos fechamentos na BR-277”, frisa Sérgio Malucelli. Como setor produtivo, vamos cobrar do Governo ainda projetos a médio e a longo prazo que não deixe o Paraná refém de uma única estrada que liga ao principal Porto de escoamento de Grãos no Brasil. Novas rotas e tuneis precisam começar a ser discutidos”, acrescenta.

Com informações da Assessoria da Fetranspar

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