Auditor que apreendeu joias de Michelle integra série de TV
Auditor fiscal que trabalha em Guarulhos, Mario de Marco Rodrigues Sousa apreendeu as joias sauditas trazidas ilegalmente ao Brasil
Publicado: 07/03/2023, 08:09
Auditor fiscal da Receita Federal, Mario de Marco Rodrigues Sousa é personagem de outro drama, além do caso das joias sauditas trazidas ilegalmente ao Brasil pelo governo Bolsonaro (PL). O delegado, que trabalha no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, participa do seriado Aeroporto — Área Restrita, da Discovery.
Trata-se de um programa que exibe os bastidores das operações dos maiores aeroportos do mundo. Cada episódio mostra casos rotineiros “sob a perspectiva dos profissionais envolvidos em múltiplas operações”, como informa a sinopse, desde apreensão de drogas a produtos que seriam revendidos irregularmente no Brasil.
De acordo com o UOL, Júlio Cesar Vieira Gomes, então secretário da Receita Federal, pediu a De Marco, como é conhecido o delegado, que liberasse as joias apreendidas. O auditor fiscal, porém, se recusou a liberá-las, apontando falta de previsão legal. Dessa forma, os objetos permaneceram no aeroporto. Pesou para a decisão a falta de comprovação de que os diamantes, de fato, eram um presente do governo da Arábia Saudita ao governo brasileiro.
No Brasil, a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado à Receita Federal. Dessa forma, o agente do órgão reteve os diamantes. O caso das joias foi revelado pelo Estadão na última sexta-feira (3).
Avaliado em R$ 16,5 milhões, o pacote de joias foi apreendido no aeroporto de Guarulhos na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia.
O governo Bolsonaro teria tentado recuperar as joias acionando três ministérios: Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. Numa quarta movimentação para reaver os objetos, realizada a três dias de o então presidente deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar a Guarulhos. O homem teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo, sem sucesso.
As informações são do Metrópoles