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Após caso de escravidão, vereador do RS ofende baianos

Sandro Fantinel (Patriota), de Caxias do Sul, criticou ação contra trabalho escravo e atacou baianos vítimas de exploração

“Como é de costume, o empresário é tratado como vilão”, reclamou Fantinel
“Como é de costume, o empresário é tratado como vilão”, reclamou Fantinel -

Da Redação

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Um vereador de Caxias do Sul (RS) usou a tribuna da Câmara da cidade para tratar os cidadãos baianos de forma preconceituosa e criticar a operação que resgatou 208 trabalhadores de exploração análoga à escravidão na cidade vizinha, Bento Gonçalves (RS). Sandro Fantinel (Patriota) aconselhou produtores da região a não contratar trabalhadores vindos da Bahia e, em vez disso, buscar mão de obra de argentinos. “São limpos”, justificou o parlamentar, em sessão na última terça-feira (27/2).

O resgate dos trabalhadores que eram mantidos em alojamento apertado e sem higiene, tratados sob ameaças e até agredidos com choques e spray de pimenta está causando enorme repercussão desde a semana passada, pois eles eram explorados em grandes vinícolas da região.

Para o vereador Sandro Fantinel, porém, a denúncia é “exagerada e midiática” e teria sido feita com motivos políticos, como forma de atingir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o parlamentar é fã. “Como é de costume, o empresário é tratado como vilão”, reclamou Fantinel. “Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer limpeza todos os dias para os bonitos? Temos que botar em hotel 5 estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho?”, questionou ele, antes de partir para as críticas aos baianos – que foram maioria entre os resgatados.

“Agricultores, produtores vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima”, disse, referindo-se aos baianos e se colocando à disposição para ajudar a criar “uma linha” para a contratação de argentinos para o trabalho de colheita de uvas.

“Todos os trabalhadores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantém a casa limpa e no dia de ir embora ainda agradecem o patrão. Agora com os baianos, que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor, era normal que fosse ter esse tipo de problema”, disparou o vereador.

“Deixem de lado. Que isso sirva de lição, deixem de lado aquele povo, que é acostumado com carnaval e festa, pra vocês não se incomodarem novamente”, completou.

As informações são do Metrópoles

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